A gestão interina permanecerá no cargo até o fim do processo de nomeação do novo procurador-geral, que será indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ainda não há um prazo estabelecido para essa indicação.
Após a definição do nome, o indicado precisará ser aprovado pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado e pelo plenário da Casa. Somente após essa aprovação é que será marcada a posse do novo procurador-geral da República.
Elizeta de Paiva Ramos iniciou sua carreira no Ministério Público Federal (MPF) em 1989. Ao longo de sua trajetória, ela integrou diversos colegiados que abordam temas relacionados a direitos sociais, fiscalização de atos administrativos e supervisão da atividade policial. Além disso, ela foi eleita vice-presidente do Conselho Superior do MPF em setembro deste ano.
Augusto Aras, indicado duas vezes pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, assumiu o cargo de procurador-geral da República em 2019 e deixou o posto ontem, terça-feira (26). Durante seus dois mandatos, Aras foi alvo de críticas por não tomar medidas contra o ex-presidente Bolsonaro, especialmente durante a pandemia da covid-19.
Em seu último discurso no Supremo Tribunal Federal na semana passada, Aras rebateu as críticas e argumentou que as investigações criminais avançaram durante sua gestão, mesmo sem os holofotes midiáticos.
Ainda não se tem informações sobre quem será o futuro procurador-geral da República e quando a indicação será feita. Até lá, Elizeta de Paiva Ramos e Ana Borges Coelho do Santos assumirão a responsabilidade de comandar a PGR de forma interina.
Essa mudança na cúpula da PGR é um momento importante para a representatividade das mulheres no poder e coloca em evidência a relevância do trabalho feminino na área jurídica. Resta aguardar quem será escolhido para ocupar o cargo de procurador-geral efetivo e como será sua atuação no órgão.