Projeto de Lei impede prazo de validade para serviços públicos pagos antecipadamente por usuários do transporte público.

No dia 27 de setembro de 2023, o deputado Gerlen Diniz (PP-AC) apresentou o Projeto de Lei 1956/23, que visa impedir a administração pública de determinar um prazo máximo para a utilização de serviços públicos nos quais as taxas ou tarifas tenham sido pagas antecipadamente pelos usuários. Essa medida, que altera a Lei de Defesa dos Direitos do Usuário de Serviços Públicos, tem como objetivo evitar que serviços pagos pelos usuários tenham prazo de validade.

De acordo com o autor do projeto, é importante garantir os direitos dos usuários dos serviços públicos e, ao mesmo tempo, evitar que a administração pública seja beneficiada indevidamente. Com prazos exíguos para fruição do serviço, os usuários correm o risco de perder os valores pagos antecipadamente. Portanto, é necessário aperfeiçoar a legislação nesse sentido.

Gerlen Diniz ressalta que essa medida irá beneficiar diversos usuários, especialmente aqueles que utilizam o transporte público, os serviços dos departamentos de trânsito e as juntas comerciais. Ao impedir que esses serviços tenham prazo de validade, a administração pública deixará de lucrar injustamente em detrimento dos usuários.

A proposta seguirá para análise pelas comissões de Administração e Serviço Público, de Defesa do Consumidor e de Constituição e Justiça e de Cidadania. O objetivo é que o projeto tramite de acordo com o rito de tramitação conclusiva, ou seja, que seja votado apenas pelas comissões designadas para analisá-lo, dispensando a deliberação do Plenário. Vale ressaltar que o projeto perde o caráter conclusivo se houver decisão divergente entre as comissões ou se, independentemente de ser aprovado ou rejeitado, houver recurso assinado por 52 deputados para a apreciação da matéria no Plenário.

A medida proposta pelo deputado Gerlen Diniz tem como intuito garantir os direitos dos usuários de serviços públicos, evitando o enriquecimento sem causa por parte da administração pública. A expectativa é que tornando os serviços públicos mais acessíveis e justos, os cidadãos sejam beneficiados e o Estado seja mais eficiente em seu papel de prestador de serviços. A proposta agora segue para análise pelas comissões competentes antes de ser votada pelo Plenário.

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