Entre os anos de 2018 e 2020, o Ministério da Saúde ampliou a imunização temporária para grupos específicos, como gays, homens que fazem sexo com homens (HSH), travestis e pessoas trans, devido ao cenário epidemiológico da época. Essa estratégia continuou até abril de 2023, utilizando doses remanescentes. Porém, após a campanha temporária, as doses começaram a ser enviadas para os Centros de Referência para Imunobiológicos Especiais (Crie) do governo estadual, o que impossibilitou a continuação da estratégia anterior, segundo o governo municipal.
Em nota, o Ministério da Saúde confirmou que a oferta da vacina para grupos específicos, como pessoas com hepatites crônicas, fibroses císticas, HIV/Aids e Trissomia, continua sendo garantida por meio dos Centros de Referência para Imunobiológicos Especiais.
A vacina hepatite A inativada (HA) é considerada altamente eficaz e de baixa reatogenicidade, com taxas de soroconversão de 94% a 100%, segundo o Ministério da Saúde. A proteção é de longa duração após a aplicação de duas doses. A vacina está disponível no calendário básico de vacinação para crianças de 15 meses a 5 anos incompletos, como dose única.
A hepatite A é uma infecção causada pelo vírus A (HAV) da hepatite. Na maioria dos casos, trata-se de uma doença benigna, porém o curso sintomático e a letalidade podem aumentar com a idade. A transmissão ocorre pelo contato de fezes com a boca, sendo relacionada a alimentos ou água inseguros e baixos níveis de saneamento básico e higiene pessoal, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS). Outras formas de transmissão incluem contato pessoal próximo e contato sexual, especialmente entre homens que fazem sexo com homens.
Não há tratamento específico para hepatite A, portanto é importante evitar a automedicação para alívio dos sintomas. Medidas de prevenção recomendadas pelo Ministério da Saúde incluem lavar as mãos, lavar adequadamente os alimentos, cozinhar bem os alimentos, além de usar instalações sanitárias e adotar medidas rigorosas de higiene em creches, pré-escolas, lanchonetes, restaurantes e instituições fechadas.
Também é importante evitar o contato com água contaminada, não construir fossas próximas a fontes de água e utilizar preservativos e higienização das mãos antes e após as relações sexuais, para prevenir a transmissão da hepatite A.