Deputada propõe inclusão de disciplinas sobre doenças raras no ensino superior da área da saúde

02/10/2023 – 10:41  

A Comissão de Saúde da Câmara dos Deputados realizará nesta quinta-feira (5) uma audiência pública para discutir a inclusão de disciplinas relacionadas a doenças raras na grade curricular dos cursos superiores na área da saúde. O requerimento para a realização da audiência foi feito pela deputada Rosângela Moro (União-SP) e a sessão está marcada para as 10 horas, no plenário 7.

A deputada destaca a importância dessa discussão, uma vez que, segundo ela, pouco foi feito desde a instituição da Política Nacional de Atenção Integral às Pessoas com Doenças Raras, em 2014. A política estabelece diretrizes para o cuidado às pessoas com doenças raras em todos os níveis de atenção do Sistema Único de Saúde (SUS), incluindo o acesso a meios de diagnóstico e terapêutica. Entretanto, Rosângela Moro argumenta que é necessário garantir a educação permanente dos profissionais de saúde, visando aprimorar seus conhecimentos, habilidades e atitudes em relação às doenças raras.

A deputada ressalta a falta de conteúdo relacionado a doenças genéticas nos cursos de graduação em saúde e afirma que os profissionais dessa área não adquirem o conhecimento mínimo necessário sobre essas doenças. Portanto, discutir a inclusão do estudo sobre doenças raras nas grades curriculares dos cursos é fundamental para suprir essa lacuna e melhorar a qualidade do atendimento prestado aos pacientes.

A audiência pública contará com a presença de especialistas na área da saúde e representantes de associações de pacientes com doenças raras. A discussão buscará encontrar soluções para a inserção dessas disciplinas nos currículos acadêmicos, de forma a preparar os futuros profissionais de saúde para diagnosticar, tratar e cuidar de pacientes com doenças raras.

A importância do tema se dá pelo fato de que as doenças raras afetam um número significativo de pessoas no país. São consideradas doenças raras aquelas que afetam até 65 em cada 100 mil indivíduos. Apesar da baixa incidência individual, o total de pessoas afetadas pode chegar a 13 milhões no Brasil, de acordo com dados do Ministério da Saúde.

A inclusão de disciplinas sobre doenças raras nos cursos de saúde pode contribuir para uma melhor assistência aos pacientes, além de fomentar a pesquisa e desenvolvimento de novas terapêuticas e avanços no conhecimento científico dessas doenças. Espera-se, portanto, que a audiência pública promova um debate amplo e enriquecedor sobre o assunto.

Da Redação – MB

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