Durante a reunião na sede da Autarquia Municipal de Trânsito e Cidadania (AMC), o superintendente do órgão, Antônio Ferreira, destacou os resultados positivos alcançados. Segundo ele, “Fortaleza é exemplo de uma cidade que prioriza as pessoas, estimulando a ocupação dos espaços públicos e o cuidado dos mais vulneráveis no trânsito, como pedestres e ciclistas”. Ferreira ressaltou a importância de inverter a lógica da priorização dos automóveis, encorajando a caminhabilidade, a bicicleta e o transporte público.
Durante a visita, foram apresentados os projetos relacionados à ciclomobilidade em Fortaleza. Um dos destaques foi o novo programa Pedala Mais, que tem como objetivo dobrar o número de usuários de bicicletas na cidade em uma década. O programa inclui investimentos na manutenção, expansão e melhoria da infraestrutura cicloviária. Atualmente, Fortaleza conta com aproximadamente 428,8 km de ciclofaixas, ciclovias e ciclorrotas espalhadas por todas as regiões.
Outra medida abordada foi a política de readequação da velocidade em ruas e avenidas de Fortaleza, que já reduziu em 68,1% o número de acidentes fatais. Ferreira ressaltou que o excesso de velocidade é uma das infrações mais cometidas pelos motoristas cearenses e é o principal fator de risco para a gravidade de um acidente. Ele explicou que a cidade foi pioneira em incentivar um comportamento mais seguro dos condutores, mostrando que um ajuste de apenas 10 quilômetros não impacta significativamente no tempo de viagem, mas faz toda a diferença na preservação de vidas.
Desde 2014, a Prefeitura de Fortaleza tem adotado medidas para priorizar os modos de transporte não motorizados, como parte da Política Nacional de Mobilidade Urbana. A cidade busca reduzir o número de mortes e feridos no trânsito através do desenho urbano, regulamentação de velocidades adequadas, implantação de infraestruturas seguras, além de ações de educação e fiscalização preventiva embasadas em dados e evidências.
Para consolidar a política pública de redução de mortes no trânsito, o prefeito Sarto sancionou a Lei que cria o Plano Municipal de Segurança no Trânsito. O documento estabelece diretrizes para a prevenção de acidentes e objetiva reduzir pela metade a taxa de óbitos no prazo de dez anos.
A visita dos técnicos do Equador e das outras cidades brasileiras apoiadas pela GDCI demonstra o reconhecimento internacional dos avanços de Fortaleza na área da mobilidade urbana e segurança no trânsito. A cidade continua empenhada em melhorar ainda mais sua infraestrutura e incentivar modos de transporte alternativos, visando garantir a segurança e o bem-estar de seus cidadãos.
