Para coordenar as ações no local, foi instalado um comando de incidentes em Tefé, liderado pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e com o apoio de diversas organizações, incluindo o Instituto Mamirauá e o Instituto de Proteção Ambiental da Amazônia (IPAAM).
As atividades realizadas estão concentradas no monitoramento dos animais vivos, bem como na coleta e necropsia das carcaças encontradas. Além disso, amostras estão sendo coletadas para análise das possíveis causas do incidente, levando em consideração também as variáveis ambientais.
É importante ressaltar que protocolos sanitários estão sendo adotados para a destinação adequada das carcaças encontradas. Alguns animais apresentam ferimentos causados pelas lâminas dos barcos a motor, já que a falta de profundidade impede que mergulhem o suficiente para escapar das hélices. O ICMBio está intensificando as ações para proteger as espécies afetadas.
Outra medida tomada é o monitoramento diário da temperatura da água, que alcança mais de 39°C em alguns pontos do lago. A alta temperatura pode reduzir a quantidade de oxigênio dissolvido na água e, ao mesmo tempo, aumentar a taxa respiratória dos peixes, prejudicando o metabolismo e causando asfixia, o que pode levar à morte.
A capitania dos Portos de Tefé está prestando apoio nas atividades de fiscalização, ordenamento e desobstrução do lago, com o objetivo de facilitar a passagem dos animais para trechos mais profundos e evitar que a crise se agrave.
Além das ações no Lago Tefé, o ICMBio também está acompanhando outro incidente ocorrido em Alto Juruá, que envolve uma grande mortandade de peixes.
É fundamental que as autoridades continuem monitorando a situação e adotem medidas para minimizar os impactos no ecossistema, protegendo as espécies afetadas e investigando as causas desses incidentes. A preservação da biodiversidade amazônica é de extrema importância para o equilíbrio ambiental e a manutenção dos recursos naturais.