Policiais penais e internos promovem ação solidária e doam brinquedos artesanais para crianças do Hospital Albert Sabin

No dia 5 de outubro de 2023, os policiais penais e internos da Unidade Prisional Francisco Hélio Viana de Araújo (UP-Pacatuba) realizaram uma ação beneficente em parceria com o Instituto Vou, com o objetivo de promover a reinserção social e conscientização solidária. Os internos do projeto “Rede Artesã” produziram 200 bonecos de amigurumis de forma voluntária, para serem doados às crianças do Hospital Infantil Albert Sabin. O instituto forneceu a matéria-prima para a produção dos brinquedos. As doações serão entregues no dia 17 de outubro, em comemoração ao Dia das Crianças.

Raysa Pitanga, policial penal da UP-Pacatuba, acredita que essa ação traz conforto e esperança para todos os envolvidos. Ela ressalta a importância de mostrar à sociedade que a ressocialização é possível e que os internos têm capacidade de contribuir de forma positiva. A diretora do Instituto Vou, Vanessa Queiroz, agradece a parceria e destaca que a ação trabalha não apenas a reintegração social dos internos, mas também desperta a solidariedade como um bem comum que beneficia toda a sociedade.

Um dos internos que participa do projeto “Rede Artesã”, João Martins Pereira, expressa sua felicidade em fazer parte dessa ação. Ele se emociona ao saber que seu trabalho trará alegria para várias crianças e acredita que o artesanato pode ser uma forma de ajudar as pessoas mesmo quando conquistar sua liberdade.

O artesanato é uma das principais atividades desenvolvidas para os internos no sistema prisional do Ceará. Além dos benefícios artísticos e financeiros, a prática também contribui para a qualificação, ocupação e elevação da autoestima das pessoas privadas de liberdade. O projeto “Rede Artesã”, desenvolvido pela Coordenadoria de Inclusão Social do Preso e do Egresso da Secretaria da Administração Penitenciária e Ressocialização (SAP), conta com a participação de 1034 internos artesãos em 11 unidades prisionais.

Os internos aprendem uma nova profissão e recebem o benefício da remição de pena. Além disso, as peças produzidas são entregues aos familiares para serem comercializadas como fonte de renda. A técnica principal trabalhada é o crochê, e todo o material utilizado é fornecido pelos próprios familiares. O projeto fortalece o vínculo familiar, pois os familiares estão envolvidos na comercialização e fornecimento de insumos.

A participação no projeto se dá por meio de uma seleção, onde os candidatos são escolhidos com base no interesse, habilidade na técnica e na capacidade da família em fornecer os materiais necessários. Essa ação do UP-Pacatuba em parceria com o Instituto Vou mostra que a reinserção social é possível e que a solidariedade pode transformar vidas, mesmo em um contexto de privação de liberdade.

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