Para a operação, o governo reservou seis aeronaves. Dois KC-30, com capacidade para 230 passageiros cada um, dois KC-390, com capacidade para 80 passageiros cada um, e duas aeronaves cedidas pela Presidência da República, capazes de levar 40 passageiros cada uma.
A primeira medida adotada foi enviar um KC-30 para a Itália, com o objetivo de ficar mais próximo do conflito, enquanto as embaixadas concluem a primeira lista de brasileiros para repatriação. Na equipe que seguirá para a região, há médicos e psicólogos para prestar auxílio aos brasileiros.
O comandante da FAB, tenente-brigadeiro do Ar Marcelo Damasceno, disse que estão ajustando o tamanho da missão de acordo com as necessidades relatadas pelos ministérios. Também informou que já há um brigadeiro na embaixada do Brasil em Israel para ajudar a reunir todos os brasileiros que estão na região.
Damasceno participou de uma reunião no Palácio do Itamaraty, juntamente com o ministro da Defesa, José Múcio, para analisar o conflito em Israel e na Palestina.
A primeira lista com os brasileiros que serão repatriados deve ser concluída na manhã desta segunda-feira (8). Além de Tel Aviv, os aviões brasileiros podem utilizar aeroportos de países vizinhos a Israel e Palestina.
Os aviões buscarão os brasileiros sempre no período da tarde, para facilitar o deslocamento interno até os aeroportos, já que, durante uma crise como essa, o transporte terrestre se torna mais difícil. Estima-se que existam 14 mil brasileiros residentes em Israel e 6 mil brasileiros na Palestina, a maioria deles fora das áreas afetadas pelos ataques.
O Itamaraty está monitorando os brasileiros na região e identificando aqueles que desejam retornar ao Brasil.
Também neste domingo (8), será realizada uma reunião do Conselho de Segurança da ONU em Nova Iorque, convocada pelo Brasil, que ocupa a presidência do órgão. Durante a reunião, serão tomadas decisões sobre os ataques.
