Nesta fase do projeto, está sendo realizada a caracterização hidrogeológica e a análise quantitativa e qualitativa da área. O aquífero do Julião possui uma capacidade de 208 milhões de m³ e abrange uma área de 180 km². Durante o processo, foi feito o levantamento do cadastro de poços e a coleta de água em diferentes períodos, tanto de seca quanto de cheia, a fim de analisar os nutrientes presentes na água.
Espera-se que, a partir dos resultados obtidos, seja possível dimensionar a capacidade e analisar a qualidade da água. Com base nessas informações, será possível discutir o uso desse recurso. Segundo o secretário executivo de Recursos Hídricos, Aderilo Alcântara, a água não é um bem inesgotável e é cada vez mais importante realizar um planejamento adequado para seu uso eficiente. Com o estudo do aquífero do Julião, será possível estudar maneiras de aproveitar essa água para o abastecimento humano e a irrigação local.
A Gerente de Estudos e Projetos da Cogerh, Zulene Almada, destaca a importância desse projeto, que diferencia-se dos trabalhos anteriores realizados na bacia hidrográfica do Iguatu. Ela explica que o objetivo é identificar o potencial dessas áreas aluvionares e, caso seja identificada a possibilidade, realizar a perfuração de poços que possam complementar o abastecimento de Iguatu.
O próximo passo do estudo será a elaboração do relatório final do balanço hídrico, reserva e potencialidade do aquífero, previsto para fevereiro de 2024. Além disso, os resultados já obtidos serão apresentados ao Comitê da Sub-bacia Hidrográfica do Alto Jaguaribe no dia 20 de outubro, em Iguatu.
Esse projeto é de extrema importância para a região, uma vez que pode contribuir para o planejamento e o uso sustentável dos recursos hídricos disponíveis. As informações obtidas a partir desse estudo serão fundamentais para a tomada de decisões relacionadas ao abastecimento de água e à utilização desse recurso natural tão importante para todos.