A revisão das cotas tem sido um dos principais assuntos discutidos no encontro, e Georgieva afirmou que espera chegar a um acordo sobre o aumento dos recursos da cota permanente do FMI até o final deste ano. Segundo Haddad, o fato de a diretora-geral ter proposto um cronograma rígido é algo positivo, já que não haverá mais adiamentos.
O ministro também ressaltou a importância de manter o princípio da proporcionalidade entre os países-membros do fundo. Para ele, quebrar esse princípio comprometeria a legitimidade e o apoio ao FMI no futuro.
As cotas representam o poder de voto de cada país nas decisões do fundo e são revisadas a cada cinco anos. A última revisão foi concluída em 2010 e entrou em vigor em 2016. Um novo ciclo de revisão está em andamento e tem previsão para ser concluído até dezembro.
Além da revisão das cotas, Georgieva também solicitou que o Brasil faça novos aportes ao Fundo para Redução da Pobreza e Crescimento (PRGT). Esses recursos financiam empréstimos sem juros que o FMI faz a países pobres. A diretora-geral não mencionou valores específicos, mas afirmou que está buscando ampliar o número de contribuintes para o PRGT.
Haddad revelou que Georgieva mencionou a crise da dívida dos países pobres e o aumento das taxas de juros como motivos para a necessidade de novos aportes ao fundo. Segundo ele, a solicitação da diretora-geral será analisada pelo governo brasileiro.
A reunião anual do FMI segue até sábado e conta com a participação de representantes de diversos países. O objetivo do encontro é discutir questões econômicas e financeiras globais e encontrar soluções para os desafios enfrentados pelos participantes.