Mais da metade das compras em marketplaces foram feitas com cartões de crédito pertencentes às mães dos titulares das contas

Um estudo realizado pela Serasa Experian revelou que mais da metade das compras realizadas em marketplaces com o uso de cartões de crédito de parentes foram feitas com cartões pertencentes às mães dos titulares das contas nos sites de comércio eletrônico. A pesquisa analisou mais de 60 mil transações e constatou que 65,9% delas foram finalizadas com cartões de mães, seguido por irmãos (14,9%), filhos (12,6%), avós (3,2%) e tios (1,9%). O parentesco menos comum nestas operações foi “outros” (1,5%), que inclui pais, netos ou sobrinhos.

Além disso, a pesquisa também mostrou que as compras feitas com os cartões de avós são mais contestadas do que as realizadas com os cartões de outros parentes. Elas têm 153,8% mais chances de serem contestadas do que as compras feitas com cartões de filhos, 135,7% a mais do que irmãos e um risco 73,7% maior do que as compras feitas com cartões de mães.

De acordo com Caio Rocha, diretor de Produtos de Autenticação e Prevenção à Fraude da Serasa Experian, quando uma transação online deste tipo é contestada pelo titular, é sinal de que uma fraude pode ter ocorrido. Por isso, é importante que o dono do cartão e as empresas se protejam contra fraudes em ambientes digitais para evitar prejuízos financeiros. Rocha sugeriu medidas como a emissão de cartões digitais temporários e investimentos em processos inteligentes de combate à fraude.

Os dados do Indicador de Tentativas de Fraude da Serasa Experian revelaram que 45,5% das investidas criminosas registradas no primeiro semestre de 2023 ocorreram no setor de bancos e cartões. Além disso, houve um crescimento de 18% na quantidade de incidentes ligados a cartões bancários no último trimestre de 2022 em relação ao período anterior, conforme indicou o último Relatório Global de Identidade e Fraude da Serasa Experian.

Diante deste cenário, a Serasa Experian lançou o mecanismo Verificação de Cartão, que identifica o risco de fraude por trás de cada transação online realizada com cartões de crédito chamados de não presentes. A validação é feita por meio do cruzamento de informações cadastrais do CPF do titular do cartão, os dados BIN (primeiros 6 a 8 dígitos, que indicam a bandeira, o banco emissor e a variante do cartão) e os últimos 4 dígitos.

Pedro Moreno, gerente-executivo da Serasa Experian, afirmou que muitos negócios físicos se tornaram digitais durante a pandemia sem se preocupar com a prevenção a fraudes, o que levou a um aumento significativo nas tentativas de golpes. Para ajudar as pessoas e empresas a se protegerem, a Serasa lançou o Fraudômetro, uma plataforma de alerta contra golpes.

Entre as dicas para os consumidores se protegerem, estão a necessidade de garantir que documentos, celulares e cartões estejam seguros e com senhas fortes para acesso aos aplicativos; desconfiar de ofertas com preços muito abaixo do mercado; ter atenção com links e arquivos compartilhados em redes sociais; e cadastrar as chaves pix apenas nos canais oficiais dos bancos. Já as empresas devem fazer uma análise mais criteriosa de compras mais caras, verificar cadastros atualizados dos consumidores e consultar o perfil do cliente para avaliar o risco de uma operação.

A Serasa Experian ressaltou que as empresas têm investido em novos métodos de soluções antifraude e tecnologias sofisticadas. Segundo Moreno, esses investimentos têm aumentado desde a pandemia, com as empresas buscando vender com mais segurança.

A Serasa Experian foi criada em 1968 e se uniu à Experian Company em 2007. Atualmente, é a maior empresa de Datatech do Brasil, realizando mais de 6,5 milhões de consultas diárias sobre empresas e consumidores e protegendo mais de 2,2 bilhões de transações comerciais por ano. A Experian, com sede corporativa em Dublin, Irlanda, é líder mundial em serviços de informação e possui operações em 32 países.

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