Negociações para resgate de brasileiros na Faixa de Gaza continuam em impasse

As negociações para retirar os cerca de 30 brasileiros que estão presos na Faixa de Gaza continuam emperradas, mantendo-os em um impasse angustiante. O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, afirmou em entrevista nesta quarta-feira que o governo está trabalhando incansavelmente para resolver a situação o mais rápido possível.

No entanto, ainda não há uma data definida para a saída desses brasileiros de Gaza. A questão envolve uma série de fatores que precisam ser solucionados pelas autoridades de Israel, Gaza e Egito, antes que um acordo possa ser alcançado. O ministro ressaltou que a falta de guichês de atendimento disponíveis para a saída da região tem dificultado ainda mais o processo, já que há cerca de 5 mil estrangeiros esperando para deixar Gaza.

Os brasileiros que buscam deixar Gaza estão divididos em dois grupos, um em Rafah, a aproximadamente 1 km da fronteira, e outro em Khan Yunis, cerca de 10 km da fronteira. O transporte dos brasileiros será realizado por veículos contratados pelo governo brasileiro.

Após cruzarem a fronteira, eles serão encaminhados para o aeroporto indicado pelas autoridades egípcias. O avião presidencial cedido pelo Egito para a operação de resgate já está em Cairo, capital do país, aguardando a autorização para seguir até Gaza e trazer os brasileiros de volta para casa.

A situação tem gerado grande ansiedade e desespero entre os brasileiros em Gaza. Em um vídeo enviado por uma jovem de 18 anos, Shaed Al-Banna, na última segunda-feira, ela expressa sua angústia diante da falta de perspectiva para sair do país. Além disso, ela relata ter perdido muito peso devido à ansiedade, preocupação e medo constantes que têm afetado sua saúde emocional. Apesar de tudo, ela mantém a esperança, embora esteja cada vez mais difícil.

O governo brasileiro segue empenhado em solucionar essa situação delicada o mais breve possível, buscando garantir a segurança e o retorno seguro desses brasileiros que estão em Gaza. Entretanto, até que todos os acordos e trâmites burocráticos sejam finalizados, a angustiante espera permanece.

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