Palestinos e brasileiros protestam em São Paulo contra ataques em Gaza e veto dos EUA na ONU.

Palestinos e brasileiros se reuniram ontem, no vão livre do Museu de Arte de São Paulo (Masp), para manifestar apoio aos residentes da Faixa de Gaza, região que tem sido alvo de ataques militares intensificados por Israel após os atentados do grupo Hamas. O protesto também condenou o bombardeio ao Hospital Ahli-Arab, ocorrido na terça-feira e que resultou em centenas de mortos. Segundo o Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas, 500 pessoas foram mortas ou feridas no ataque. Israel negou a autoria e culpou a Jihad Islâmica, que também negou envolvimento.
A manifestação contou com a presença de palestinos e brasileiros, todos unidos pelo desejo de paz na região. Omar Naji, um palestino que vive no Brasil há oito anos, destacou a necessidade de um Estado palestino livre para que o derramamento de sangue seja interrompido. Ele ressaltou que o conflito entre israelenses e palestinos já dura mais de 75 anos e que a paz só será alcançada quando as ações israelenses na região chegarem ao fim.
A comunidade judaica brasileira também se manifestou, lançando um manifesto contra o terrorismo e a favor da paz. O texto, que já conta com mais de 200 assinaturas, classifica o terrorismo como uma ameaça destrutiva à civilização humana e condena a morte indiscriminada de inocentes. O manifesto lamenta as vidas perdidas de israelenses e palestinos e pede a libertação de reféns em poder do Hamas. Além disso, defende que a ajuda humanitária chegue aos afetados pelo conflito.
No entanto, apesar dos apelos por paz e diálogo, a esperança de que a ONU possa estabelecer a paz na região parece diminuir. Amas Obid, um sírio que vive no Brasil há sete anos, expressou sua descrença em relação à atuação da ONU no conflito. Ele questionou como um Conselho de Segurança que não aprova uma solução para o massacre contra os seres humanos pode ser considerado efetivo. Na quarta-feira, o Conselho de Segurança da ONU rejeitou a proposta apresentada pelo governo brasileiro, que pedia pausas humanitárias para permitir o acesso de ajuda à Faixa de Gaza.
A votação resultou em 12 votos a favor da proposta, duas abstenções e um voto contrário dos Estados Unidos, o que levou à rejeição da proposta brasileira. A falta de consenso entre os membros do Conselho de Segurança da ONU evidencia as dificuldades em alcançar uma solução pacífica e duradoura para o conflito entre israelenses e palestinos. Enquanto isso, a população continua a sofrer as consequências devastadoras dessa disputa que já se prolonga por décadas.

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