Relatório da CPMI do 8 de Janeiro pede indiciamento de Bolsonaro e mais 60 pessoas, gerando polêmica entre os partidos

Relatório da CPMI do 8 de Janeiro pode indiciar ex-presidente Bolsonaro e mais 60 pessoas

Os integrantes da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de Janeiro se reuniram hoje para discutir o relatório apresentado pela senadora Eliziane Gama (PSD-MA). O parecer, que será votado ainda nesta quarta-feira (18), apresenta como um de seus destaques o pedido de indiciamento do ex-presidente Jair Bolsonaro, além de outras 60 pessoas, entre militares, ex-ministros e empresários.

Os parlamentares da oposição ressaltaram, durante a discussão, que o relatório não abordou a suposta omissão do governo federal em relação aos acontecimentos do 8 de janeiro, quando ocorreu a invasão do Capitólio nos Estados Unidos. Também foi apontado que o ministro da Justiça, Flávio Dino, e o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional do governo Lula, G. Dias, não foram indiciados.

O relatório elaborado pela senadora Eliziane Gama traz uma série de evidências e depoimentos que, segundo ela, comprovam o envolvimento do ex-presidente Bolsonaro e de outras pessoas no episódio ocorrido nos Estados Unidos. Ela defende que, além do ex-presidente, militares, ex-ministros e empresários também sejam responsabilizados pelas ações que resultaram na invasão do Capitólio. Caso o parecer seja aprovado, as denúncias serão encaminhadas para o Ministério Público.

A discussão em torno do relatório da CPMI do 8 de Janeiro reflete a polarização política atualmente vivenciada no país. Enquanto a base governista acusa a oposição de usar a comissão como instrumento para atacar Bolsonaro, os deputados e senadores oposicionistas defendem que é imprescindível investigar os fatos e responsabilizar os envolvidos.

O presidente da CPMI, deputado Marcos Nogueira (PSB-MA), ressaltou a importância do parecer elaborado pela senadora Eliziane Gama para o avanço das investigações. Segundo ele, o relatório é fundamentado em provas concretas e aponta para a necessidade de aprofundar as apurações sobre os eventos de 8 de janeiro. Nogueira também acredita que, caso as denúncias se confirmem, será necessário tomar medidas fortes e efetivas para garantir que tais acontecimentos não se repitam.

A expectativa agora está voltada para a votação do relatório. Os parlamentares irão analisar cada um dos pontos apresentados e, após a discussão, decidirão se o parecer será aprovado ou não. Independentemente do resultado, a CPMI do 8 de Janeiro já cumpriu sua função de trazer à tona questões importantes relacionadas à segurança institucional do país e à conduta de autoridades envolvidas nos episódios ocorridos nos Estados Unidos.

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