Tenente-coronel Mário Victor Vargas Junior assume a direção do Arsenal de Guerra de São Paulo após furto de armas.

Nesta sexta-feira (20), foi anunciado por meio do Diário Oficial da União que o tenente-coronel Mário Victor Vargas Junior assumirá o cargo de diretor do Arsenal de Guerra de São Paulo, localizado em Barueri, região metropolitana de São Paulo. A nomeação acontece após a exoneração do tenente-coronel Rivelino Barata de Sousa Batista, anunciada pelo general de Brigada Maurício Vieira Gama, chefe do Estado Maior do Comando Militar do Sudeste, em coletiva de imprensa realizada ontem (19).

A saída de Batista ocorreu em meio ao sumiço de 21 armas do arsenal. O general Gama informou que todas as atividades do Arsenal estão passando por uma revisão minuciosa para identificar onde ocorreu o erro. Ele ressaltou que os militares responsáveis por essa falha serão devidamente responsabilizados, podendo até mesmo serem expulsos da Força. Além disso, dezenas de militares já receberam o formulário de apuração disciplinar e estão em prazo para apresentar suas defesas.

No entanto, nem todas as armas desaparecidas continuam fora do controle das autoridades. A Polícia Civil do Rio de Janeiro anunciou ontem a recuperação de oito das 21 metralhadoras furtadas do Exército. As armas foram encontradas dentro de um carro roubado no bairro Gardênia Azul, na zona oeste da capital fluminense. Entre as metralhadoras recuperadas, estão quatro das 13 metralhadoras calibre 50 e quatro das oito metralhadoras MAG 7.62.

De acordo com a polícia, essas metralhadoras teriam sido adquiridas pela cúpula de uma facção criminosa que está em conflito territorial na zona oeste do Rio. Informações de inteligência apontaram que as armas estavam sendo levadas da Rocinha para a Gardênia.

As investigações sobre o furto das armas ainda estão em andamento. O desaparecimento do armamento foi percebido durante uma inspeção realizada em 10 de outubro. Diante disso, o Comando Militar do Sudeste determinou o aquartelamento de aproximadamente 160 militares que estão proibidos de sair do Arsenal de Guerra. A segurança do local havia sido conferida em setembro, porém somente em outubro o furto foi descoberto.

É importante ressaltar que os militares envolvidos nesse episódio enfrentarão consequências tanto na esfera administrativa quanto na esfera criminal da Justiça Militar. Aqueles que são temporários poderão ser expulsos e os militares de carreira serão encaminhados a um conselho de sanções.

A recuperação parcial das armas furtadas traz um alívio para as autoridades, porém é fundamental que as investigações prossigam para descobrir a extensão do envolvimento de militares nesse crime e garantir que medidas preventivas sejam adotadas para evitar que casos semelhantes ocorram no futuro. A população espera transparência e responsabilização por parte das instituições responsáveis pela segurança pública e pelo controle do armamento.

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