Com mais de 90% das urnas contabilizadas, Sergio Massa obteve 36,2% dos votos e disputará a presidência com Javier Milei, candidato da extrema direita que liderava as pesquisas de intenção de voto, mas obteve 30,19% dos votos.
Apesar de preferir evitar comentar o resultado das eleições antes do segundo turno, Haddad ressaltou que está acompanhando o pleito devido à relevância que terá para o Mercosul. O bloco de integração regional, composto por Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai, além da Venezuela suspensa, tem papel fundamental para a região.
Haddad destacou que a entrada da Bolívia no Mercosul já foi aprovada pela Câmara dos Deputados e está em tramitação no Senado. No entanto, Javier Milei tem feito críticas ao bloco e isso tem preocupado o ministro da Fazenda.
O ministro enfatizou a importância de consolidar a integração na região e ressaltou ser a favor de uma América do Sul mais unida. Ele acredita que a integração fortalecerá a negociação com a União Europeia e será benéfica para a região, que há muitos anos enfrenta dificuldades no desenvolvimento econômico.
Em relação aos candidatos, Sergio Massa, do partido peronista União pela Pátria, é o atual ministro da Economia da Argentina. Ele é um político experiente e já ocupou cargos importantes, como a presidência da Câmara dos Deputados. Por outro lado, Javier Milei é membro da coalizão conservadora La Libertad Avanza e se descreve como “anarcocapitalista” e defensor do liberalismo extremo. Ele tem propostas polêmicas, como o fim do Banco Central argentino e a descontinuidade do Mercosul.
Agora resta aguardar o resultado do segundo turno das eleições na Argentina, que definirá o próximo presidente e terá impacto direto nas negociações do Mercosul com a União Europeia. A integração regional é um tema de grande importância para o ministro da Fazenda, que espera que a região volte a se desenvolver após anos de estagnação.
