O senador Jaime Bagattoli (PL-RO) considerou a situação caótica em estados do Norte, como Rondônia, e enfatizou que o maior dilema da Previdência Social atualmente é zerar essa fila. Ele ficou chocado com a marcação de perícia para pacientes em quimioterapia somente para março de 2024. Da mesma forma, o senador Weverton (PDT-MA) criticou a falta de profissionais na área, uma vez que há apenas 3.333 peritos em ação. Ele questionou o motivo da ausência de um concurso público para a categoria desde 2011.
A situação é tão grave que muitos brasileiros precisam percorrer centenas de quilômetros para chegar ao posto do INSS, mas ao chegar são informados de que não há profissionais disponíveis e precisam reagendar seu atendimento. A solução para esse problema foi enfatizada pelo ministro Carlos Lupi, que reconheceu os “gigantescos problemas” enfrentados pela Previdência, mas ressaltou que o governo começou a recuperar o poder de compra das pessoas, pelo aumento real do salário mínimo. Ele defendeu a humanização dos serviços e disse que a pasta tem se esforçado para implementar o atendimento presencial em todas as unidades do INSS até janeiro de 2024. Além disso, Carlos Lupi pretende disponibilizar 80% dos serviços em plataforma digital até o final do próximo ano, visando facilitar o acesso da população.
O presidente da CAS, senador Humberto Costa (PT-PE), fez o requerimento de convite a Carlos Lupi, pois considera a seguridade social um direito fundamental dos cidadãos. A senadora Leila Barros (PDT-DF) reforçou a importância da continuidade dos mutirões de atendimento e da realização de concurso público. Atualmente, apenas 19 mil servidores da Previdência estão ativos, de um total de 40 mil vagas em todo o país.
Carlos Lupi concordou que a espera dos cidadãos por perícias médicas é vergonhosa e se comprometeu a dar continuidade aos mutirões feitos pela pasta em novembro, especialmente nas regiões mais carentes do país. O ministro afirmou estar empenhado em resolver essa questão e se comprometeu a prestar contas da sua atuação.
É fundamental que a Previdência Social adote medidas efetivas para solucionar esse problema, uma vez que o direito do cidadão a uma perícia médica ágil e eficiente é garantido por lei. O país precisa se mobilizar para atender as demandas da população e garantir que o sistema previdenciário cumpra sua função de amparar os trabalhadores que precisam de suporte durante momentos difíceis, como numa doença grave como o câncer.