Traficante Rogério 157 continuará no presídio federal de Porto Velho após decisão da Justiça do RJ.

Na última sexta-feira (27), a segunda vice-presidente do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ), Suely Lopes Magalhães, decidiu que o traficante Rogério Avelino da Silva, conhecido como Rogério 157, irá permanecer no presídio federal de Porto Velho, em Rondônia. A decisão atendeu ao pedido do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), feito através da Procuradoria-Geral de Justiça.

A autorização para o retorno de Rogério 157 a uma unidade prisional do Rio de Janeiro, concedida na terça-feira (24) pela 6ª Câmara Criminal do Tribunal, foi suspensa pela desembargadora. A decisão anterior havia sido tomada por unanimidade dos três desembargadores Luiz Noronha Dantas, Fernando Antônio de Almeida e Marcelo Castro Anatocles.

O MPRJ argumentou, no recurso especial e na medida cautelar, que a permanência de Rogério 157 no presídio federal se faz necessária devido ao seu papel na cúpula de uma facção criminosa atuante no estado do Rio de Janeiro. Segundo o órgão, a comunicação e a articulação do criminoso com outros membros da facção seriam prejudicadas se ele retornasse ao estado.

Após a decisão dos desembargadores favorável à transferência, o secretário executivo do Ministério da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Cappelli, publicou uma mensagem em suas redes sociais, instando a cooperação de todos no enfrentamento ao crime organizado. A transferência de Rogério 157 gerou controvérsias, uma vez que ocorreu em meio a uma situação delicada que o Brasil inteiro está acompanhando.

Rogério 157 passou a comandar o tráfico de drogas na comunidade da Rocinha em 2017, após um confronto com o traficante Antônio Francisco Bonfim Lopes, o Nem. Ele era braço direito de Nem e comandava o comércio ilegal na localidade. Os conflitos na Rocinha se intensificaram após a ascensão de Rogério 157, resultando na intervenção federal na segurança pública do Rio de Janeiro, durante o governo de Michel Temer. Em dezembro de 2017, o traficante foi preso.

De acordo com o MPRJ, Rogério 157 permanecerá no presídio federal até o julgamento do recurso especial interposto pelo órgão ao Superior Tribunal de Justiça (STJ). A medida cautelar da segunda vice-presidente do TJRJ garante que o criminoso não seja transferido novamente para uma unidade prisional no estado do Rio de Janeiro antes do desfecho desse processo.

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