Ao expor a necessidade de promover o desenvolvimento sustentável e a preservação ambiental na Amazônia, Mercadante ressaltou a importância de contar com o apoio de diversas instituições financeiras e órgãos governamentais para alcançar esse objetivo tão relevante. A Amazônia é considerada um patrimônio nacional e mundial devido à sua riqueza ecossistêmica e à sua contribuição para a manutenção do equilíbrio climático global.
O programa da Coalizão Verde é uma resposta à crescente preocupação com o desmatamento e as queimadas na região amazônica, bem como com a necessidade de garantir o desenvolvimento sustentável da região, respeitando os direitos das comunidades tradicionais e valorizando a diversidade biológica presente.
De acordo com Mercadante, o objetivo final é promover uma economia verde na Amazônia, utilizando-se de investimentos sustentáveis para estimular o crescimento econômico e, ao mesmo tempo, preservar a natureza e as comunidades locais. A iniciativa envolve a criação de programas de incentivo para empresas e produtores rurais que adotem práticas sustentáveis, como a recuperação de áreas degradadas, a utilização de energias renováveis e a adoção de técnicas agrícolas mais sustentáveis.
Além disso, o programa prevê a criação de uma rede de monitoramento e controle ambiental, que irá auxiliar na identificação de atividades ilegais e na prevenção de danos ao meio ambiente. Essa rede será composta por órgãos governamentais, como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) e o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), além de organizações da sociedade civil.
A expectativa é que essa coalizão de instituições financeiras possa injetar aproximadamente R$ 100 bilhões na Amazônia nos próximos anos, impulsionando a economia local e contribuindo para a geração de empregos e a melhoria da qualidade de vida das comunidades. A ideia é que esses recursos sejam destinados a projetos que promovam o desenvolvimento sustentável, como o turismo ecológico, a agricultura familiar, a exploração sustentável dos recursos naturais e a criação de unidades de conservação.
Em seu discurso, o presidente do BNDES destacou a importância de uma mudança de paradigma na relação entre economia, sociedade e meio ambiente. Segundo ele, é preciso pensar em um modelo de desenvolvimento que não coloque em risco a natureza e que promova a justiça social. O programa da Coalizão Verde é um passo importante nessa direção, pois visa conciliar a proteção do meio ambiente com o desenvolvimento econômico, buscando a sustentabilidade como um princípio fundamental.
