Comitê de Avaliação coordenado por Daniel Almeida analisa obras com indícios de irregularidades para bloqueio de recursos no Orçamento de 2024

No dia 06/11/2023, a Comissão Mista de Orçamento do Congresso Nacional recebeu o relatório de fiscalização de obras do Tribunal de Contas da União (TCU), intitulado Fiscobras 2023. Este relatório tem como objetivo identificar obras com indícios de irregularidades, que não poderão receber recursos no Orçamento de 2024 (PLN 29/23).

De acordo com o relatório, o TCU selecionou 31 empreendimentos para fiscalização e encontrou indícios de irregularidades graves em 21 deles. No entanto, apenas a obra de construção da BR-040, no Rio de Janeiro, na subida da Serra de Petrópolis, recebeu recomendação de paralisação devido a sobrepreço.

A escolha das obras para fiscalização é baseada em critérios estabelecidos na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2023, como materialidade, regionalização do gasto, histórico de irregularidades e obras já bloqueadas no Orçamento de 2023.

As informações do TCU serão analisadas inicialmente pelo Comitê de Avaliação das Informações sobre Obras e Serviços com Indícios de Irregularidades Graves, que faz parte da Comissão Mista de Orçamento. O coordenador deste comitê é o deputado Daniel Almeida (PCdoB-BA).

Cabe à Comissão Mista de Orçamento decidir sobre o bloqueio dos recursos levando em consideração a gravidade dos indícios de irregularidades, as justificativas apresentadas pelos órgãos responsáveis pelas obras e o custo de paralisar o empreendimento. O parecer da comissão é considerado final, a menos que haja algum recurso ao Plenário do Congresso Nacional.

Além dos empreendimentos mencionados pelo TCU, a obra de ampliação de capacidade da BR-290, no Rio Grande do Sul, também entrou na lista de bloqueio. Essa obra foi citada pelo Executivo ao enviar o projeto do Orçamento de 2024, em agosto.

É importante destacar que a análise das obras com indícios de irregularidades é fundamental para garantir a correta aplicação dos recursos públicos e evitar desperdícios. A Comissão Mista de Orçamento tem a responsabilidade de avaliar cada caso de forma criteriosa, levando em consideração a transparência e a eficiência na administração dos recursos do orçamento.

Silvia Mugnatto, jornalista, com a colaboração de Ana Chalub, na edição.

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