Banco do Brasil registra recorde de lucro líquido ajustado de R$ 26,1 bilhões nos nove primeiros meses do ano.

O Banco do Brasil (BB) registrou um desempenho financeiro significativo nos nove primeiros meses deste ano, atingindo um recorde de lucro. No período de janeiro a setembro, a instituição financeira alcançou um lucro líquido ajustado de R$ 26,1 bilhões, representando um crescimento de 14% em comparação ao mesmo período do ano anterior.

Em um comunicado divulgado pelo banco, foi destacado que a melhoria nos lucros foi impulsionada pelo crescimento da margem financeira bruta, que aumentou em 30,1%, resultado do bom desempenho da carteira de crédito e dos investimentos em títulos. O Banco do Brasil também atribuiu o sucesso financeiro à diversificação das receitas, principalmente provenientes de serviços, e ao controle dos gastos.

No terceiro trimestre, o lucro líquido ajustado do BB atingiu R$ 8,8 bilhões, mostrando um aumento de 4,5% em relação ao mesmo trimestre do ano passado e 12,8% em relação ao trimestre anterior. Além disso, o retorno sobre patrimônio líquido (RSPL) atingiu a marca de 21,3%, um índice que o banco afirma ser semelhante ao de bancos privados.

De acordo com informações fornecidas pelo BB, o crescimento do crédito foi um fator significativo que contribuiu para a melhoria do desempenho financeiro. A carteira de crédito ampliada do banco encerrou setembro em R$ 1,07 trilhão, o que representa um aumento de 10% em relação a setembro do ano anterior e 2% em relação ao fim do segundo trimestre.

O índice de inadimplência, que considera atrasos de mais de 90 dias, apresentou um aumento de 2,73% em junho para 2,81% em setembro, refletindo a elevação das taxas de juros. No entanto, o BB ressaltou que esse índice permanece abaixo da média de 3,5% registrada no sistema financeiro nacional.

Quanto à distribuição por segmentos de crédito, a carteira pessoa física ampliada cresceu 7,9% em relação a setembro do ano passado, com destaque para o crédito consignado. Já a carteira pessoa jurídica ampliada expandiu-se em 4,7% em 12 meses, com melhor desempenho nas operações voltadas para micro, pequenas e médias empresas.

Além disso, o crédito para o agronegócio também apresentou um crescimento significativo, encerrando setembro com alta de 5,7% no trimestre e 18,2% em relação ao mesmo período do ano anterior.

As operações de crédito sustentáveis, que respeitam parâmetros sociais e ambientais, atingiram R$ 338,8 bilhões no fim do terceiro trimestre, correspondendo a 32% da carteira de crédito ampliada do banco.

Em relação às receitas e despesas, as receitas de prestação de serviços nos nove primeiros meses do ano cresceram 5% em 12 meses, enquanto as despesas administrativas aumentaram 8% devido aos investimentos em tecnologia.

Para o restante do ano, o Banco do Brasil manteve suas projeções, estimando um lucro ajustado entre R$ 33 bilhões e R$ 37 bilhões, um crescimento no volume de crédito entre 9% e 13%, um crescimento das receitas com serviços entre 4% e 8%, e um aumento nas despesas administrativas de 7% a 11%.

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