Fronteira de Rafah é reaberta, mas brasileiros seguem sem previsão de deixar a zona de guerra em Gaza.

A fronteira de Rafah foi reaberta nesta quinta-feira (9) após ter ficado um dia fechada “por falta de segurança”, informaram os Estados Unidos. Apesar do comunicado, não foram especificados os motivos que levaram ao fechamento da fronteira que liga a Faixa de Gaza ao Egito. Com a reabertura, contudo, não foram divulgadas novas listas com estrangeiros autorizados a deixar o local. Com isso, os 34 brasileiros presos no enclave palestino seguem sem previsão de deixar a zona de guerra.

Os brasileiros aguardavam a autorização para deixar a região, com a expectativa alimentada pela diplomacia brasileira de que a permissão seria concedida nesta quinta-feira. No entanto, a previsão não se confirmou. Em uma postagem nas redes sociais, o brasileiro Hasan Rabee, de 30 anos, lamentou mais um dia sem a autorização para sair.

“Coloca nosso nome e a gente sai. Por que não estão colocando nosso nome nessa lista? Isso é um absurdo. Nós somos reféns aqui de Israel”, desabafou Hasan, que está em Khan Yunis com a esposa e as duas filhas, de 3 e 6 anos, todas brasileiras. Ele foi para Gaza visitar a família poucos dias antes do início do conflito no Oriente Médio.

Ele relatou as dificuldades enfrentadas, incluindo a escassez de comida, água, gás, combustível e remédios. No entanto, mesmo diante dos desafios, o palestino naturalizado brasileiro mostrou que ainda há pão para se alimentar.

Até o momento, mais de 3.400 estrangeiros receberam autorização para deixar Gaza, sendo 36% deles portadores de passaporte dos Estados Unidos. A liberação dos estrangeiros não segue critérios divulgados, levantando a hipótese de manipulação dessas autorizações de acordo com o apoio dado pelos países a Israel.

Em comunicado divulgado, a Embaixada de Israel no Brasil negou qualquer intenção de atrasar a saída dos brasileiros. Dos 34 brasileiros presos em Gaza, 16 estão na cidade de Khan Yunis e 18 em Rafah, ambas no sul do território, próximas da fronteira com o Egito. O grupo é composto por 18 crianças, 10 mulheres e 6 homens.

A situação dos brasileiros em Gaza continua delicada, com a incerteza sobre quando poderão deixar a região e retornar ao Brasil. Enquanto isso, as autoridades brasileiras têm buscado alternativas para garantir a segurança e o bem-estar dos cidadãos brasileiros em meio ao conflito.

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