A declaração conjunta reconhece a contribuição dos povos indígenas e afrodescendentes na formação social e na identidade cultural dos países do Mercosul, além de definir a criação da campanha Mercosul sem racismo e o desenvolvimento de políticas culturais específicas para povos indígenas e comunidades tradicionais. A ministra Margareth Menezes ressaltou a importância da cultura como uma ferramenta potente no combate às discriminações, misoginia e racismo, além de lutar pelos direitos das mulheres e das pessoas mais vulneráveis.
Os países se comprometeram a fortalecer a cooperação para assegurar o pleno exercício dos direitos das pessoas discriminadas e adotar ações afirmativas com perspectiva de gênero como ferramenta de combate às desigualdades raciais. Durante a reunião, o Brasil passou a presidência do bloco de ministros da cultura para o Paraguai.
A ministra da Cultura, Margareth Menezes, também participa da terceira edição do Mercado das Indústrias Criativas do Brasil (MICBR), que reúne mais de 500 empreendedores culturais em rodadas de negócios, atividades formativas, debates e apresentações. O evento tem como objetivo promover o intercâmbio cultural e fortalecer as indústrias criativas do Brasil.
A reunião do Mercosul Cultural contou com a presença dos estados membros Argentina, Paraguai, Uruguai e Venezuela, mesmo com sua adesão suspensa desde 2017, e dos estados associados Chile, Colômbia, Equador e Peru, juntamente com a participação da Bolívia, em processo de adesão ao bloco, como associado.
Dessa forma, o compromisso conjunto dos Ministros da Cultura do Mercosul demonstra a importância da cooperação regional no combate ao racismo e na promoção da igualdade étnico-racial, além de ressaltar a relevância da cultura como ferramenta para sensibilizar e combater as discriminações e desigualdades na região.
