Uma das repatriadas, Shahed al-Banna, compartilhou sua felicidade por ter conseguido escapar com vida da região de conflito, onde esteve para acompanhar a mãe doente. Segundo ela, sua mãe foi diagnosticada com câncer e faleceu durante a estadia na Palestina. No entanto, Shahed expressou preocupação com seus familiares que ainda estão na área de bombardeios, afirmando que sua felicidade não estará completa até que eles também consigam deixar o local.
Além de Shahed, outro repatriado, Mahmoud Abuhaloub, relatou sua alegria em retornar ao Brasil. Ele contou que possui membros da família ainda em Gaza, incluindo dois irmãos com suas respectivas famílias, e uma irmã, que está sob sua responsabilidade.
Rodrigo Portela, assessor da Secretaria Nacional de Justiça do Ministério da Justiça e Segurança Pública, destacou as ações do governo para auxiliar na chegada dos repatriados. Ele ressaltou que o governo federal optou por realizar a operação de resgate em meio à guerra, oferecendo acolhimento e tratamento de saúde para os repatriados na base aérea em Brasília.
No entanto, a localização exata do abrigo para onde parte dos repatriados será encaminhada não foi revelada por questões de segurança. O local destina-se a receber refugiados e oferece unidades individuais com quartos e banheiros, além de refeitório e espaço para convivência. As famílias poderão permanecer no local por tempo indeterminado, solicitando a ida ao abrigo por não terem onde se instalar no país.
Durante os primeiros dois dias em Brasília, equipes do Ministério da Justiça atenderam os repatriados, oferecendo orientações sobre a regularização migratória e acesso a documentos como RG, CPF, segunda via de certidão de nascimento, autorização de residência e de trabalho, e visto de permanência temporário.