O Brasil é um dos 17 países que abriga mais de 70% das espécies conhecidas no planeta, mas o IBGE ressalta que ainda há muito a ser descoberto e catalogado. Por se tratar de uma investigação experimental, o instituto está aberto a receber percepções, críticas e sugestões dos usuários para aprimorar o estudo.
O SiBBr, plataforma gerenciada pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), foi criada em 2014 com o objetivo de armazenar e disponibilizar informações sobre a biodiversidade e os ecossistemas brasileiros. A ferramenta fornece subsídios aos órgãos públicos para a conservação e sustentabilidade, com dados provenientes de diversas instituições de ensino e pesquisa.
De acordo com Leonardo Bergamini, analista de biodiversidade do IBGE, a biodiversidade é uma peça fundamental do retrato do Brasil e a missão do instituto é contribuir com o SiBBr através de suas coleções biológicas e na produção de estatísticas.
A pesquisa mostra que, com exceção das aves, menos de 30% dos registros de outros grupos taxonômicos possuem informações completas. A analista de Negócios do SiBBr, Clara Fonseca, ressaltou a importância de parcerias como a do IBGE para ampliar o conhecimento sobre a biodiversidade no país.
Mariza Pinheiro, analista de biodiversidade do IBGE, explicou que o diferencial desta pesquisa está no fato de abranger nove grupos taxonômicos, informações espaciais e temporais em todo o país. Com isso, a intenção é identificar problemas e entender o que pode ser melhorado.
A relevância do estudo está na análise abrangente dos dados, na busca por aprimoramentos e na importância de disseminar o conhecimento sobre a biodiversidade no Brasil. Com a contribuição do SiBBr e do IBGE, o objetivo é promover políticas públicas de preservação do meio ambiente e estimular mais pesquisadores a divulgar suas descobertas.