Morre aos 92 anos o intelectual Alberto Costa e Silva, especialista em história da África e reconhecido da Academia Brasileira de Letras.

O renomado acadêmico, diplomata, poeta, ensaísta, memorialista e historiador Alberto Costa e Silva faleceu na madrugada deste domingo, em casa, aos 92 anos, vítima de causas naturais. A notícia foi confirmada pela Academia Brasileira de Letras (ABL), por meio de uma nota oficial que informou que não haverá velório, e que o corpo será cremado em uma cerimônia reservada à família. Especialista na cultura e história da África, Costa e Silva foi embaixador do Brasil na Nigéria e no Benin, sendo considerado um dos mais importantes intelectuais do país.

Segundo a ABL, o legado de Costa e Silva é fundamental para o desenvolvimento dos estudos e do ensino da história do continente africano. Ao longo de sua carreira, publicou mais de 40 livros, abrangendo diferentes gêneros como poesia, ensaio, história, literatura infantojuvenil, memória, antologia, entre outros. Eleito para a Academia Brasileira de Letras em 2000, o acadêmico ocupava a cadeira número 9, na sucessão de Carlos Chagas Filho. Também teve atuação relevante como presidente da ABL no biênio 2002-2003 e ocupou diversos outros cargos na instituição.

Além de sua atuação no cenário acadêmico, o legado de Costa e Silva também se estende ao âmbito diplomático, tendo recebido diversas condecorações. No Brasil, foi agraciado com a Grã-Cruz da Ordem de Rio Branco, Grande Oficial da Ordem do Mérito Militar, Grande Oficial da Ordem do Mérito Aeronáutico, Comendador da Ordem do Mérito Naval, entre outras honrarias. Fora do país, recebeu condecorações em Portugal, Colômbia, Espanha, Itália, dentre outras nações.

A morte de Alberto Costa e Silva foi lamentada por autoridades, intelectuais e colegas de profissão. O presidente da ABL, Merval Pereira, ressaltou a importância do acadêmico para os estudos da África, classificando-o como um dos maiores africanólogos brasileiros. Outros membros da Academia Brasileira de Letras, como João Almino, Arnaldo Niskier, Ana Maria Machado e Cacá Diegues, também destacaram a contribuição de Costa e Silva para a cultura e intelectualidade brasileira, enfatizando sua erudição e vasta contribuição acadêmica.

O Ministério das Relações Exteriores (MRE) também prestou homenagens ao diplomata, destacando sua relevância no contexto da política externa brasileira para a África. Costa e Silva deixa um legado valioso em suas diversas áreas de atuação, sendo lembrado como um notável intelectual e figura importante para o Brasil e o mundo. Sua influência será sentida por muitos anos, tanto na Academia Brasileira de Letras quanto no cenário diplomático internacional.

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