A proposta foi apresentada pelos orientadores da Célula de Ensino Civil e Integrado, delegado Ciro de Assis Lacerda, e da Célula de Práticas Educacionais, tenente-coronel PM Carlo Rômulo. A iniciativa surgiu a partir do trabalho final da disciplina de Planejamento e Metodologia de Ensino, no Curso de Formação de Multiplicadores da Polícia Antirracista.
De acordo com a Aesp, a sugestão de inserção da nova disciplina foi encaminhada ao diretor-geral da Academia, delegado Leonardo Barreto, que expressou sua satisfação com a ideia. Barreto destacou a importância da atualização curricular e a preocupação da Aesp/CE em abordar temas relevantes para a formação policial.
O delegado Ciro Lacerda explicou que o objetivo da nova disciplina é promover a capacitação dos profissionais de segurança pública em questões étnico-raciais, de gênero e orientação sexual, com o intuito de construir uma polícia comprometida com ideais humanistas e antirracistas. O tenente-coronel Carlo Rômulo também ressaltou a importância de incluir a disciplina nas matrizes de formação inicial de diversas instituições de segurança pública do Ceará.
A proposta de implementação da nova disciplina também deve ser apresentada formalmente à Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp) para que seja adotada em todas as instituições que compõem o Sistema Único de Segurança Pública (Susp).
A iniciativa da Aesp demonstra um compromisso com a formação de profissionais de segurança pública mais conscientes e preparados para lidar com questões sensíveis da sociedade. A possível inclusão da disciplina de Estudo das Relações Étnico-Raciais, Gênero e Orientação Sexual representa um avanço na abordagem de temas importantes para a atuação policial.
