Brasil enfrenta desafios para inclusão de refugiados, apesar de legislação avançada, aponta audiência da Comissão Mista sobre Migrações.

Brasil enfrenta desafios para garantir inclusão social de refugiados

Na última quarta-feira (29), a Comissão Mista sobre Migrações realizou uma audiência para discutir os desafios enfrentados pelo Brasil na garantia da inclusão social de refugiados. Apesar de contar com uma legislação avançada na área de imigração, o país ainda enfrenta obstáculos para assegurar a integração plena dessas pessoas em nossa sociedade.

Durante a audiência, especialistas e representantes de organizações não governamentais destacaram a importância de políticas públicas que promovam a inclusão e o acolhimento dos refugiados. Segundo eles, é fundamental garantir o acesso a serviços básicos, como saúde, educação e moradia, além de oferecer oportunidades de emprego e capacitação profissional.

O Brasil ratificou a Convenção sobre o Estatuto dos Refugiados em 1992 e desde então tem adotado medidas para facilitar a integração dos refugiados em nossa sociedade. No entanto, a complexidade e a burocracia do processo de obtenção de documentos e a dificuldade de acesso a serviços públicos ainda são desafios a serem superados.

De acordo com o Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR), o Brasil é hoje o país que mais recebe solicitações de refúgio na América Latina. Esses requerentes vêm principalmente de países como Venezuela, Haiti, Síria e República Democrática do Congo, fugindo de conflitos, perseguições e violações de direitos humanos.

Durante a audiência, também foi ressaltada a importância de combater a xenofobia e o preconceito contra os refugiados, promovendo a conscientização da sociedade sobre a importância da acolhida e da solidariedade. Além disso, foi enfatizada a necessidade de fortalecer a cooperação internacional para enfrentar os desafios migratórios em escala global.

É fundamental que o Brasil continue avançando na garantia dos direitos e na promoção da inclusão social dos refugiados, contribuindo para a construção de uma sociedade mais justa e solidária para todos.

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