Primeiro-ministro da Guiana pede cautela com informações sobre disputa territorial com a Venezuela

O primeiro-ministro da Guiana, Mark Anthony Phillips, fez um apelo à população do país para que se abstenha de compartilhar informações de fontes duvidosas sobre a disputa territorial com a Venezuela. A Venezuela reivindica a posse de quase dois terços da Guiana e realizará um referendo neste domingo para consultar a opinião da população sobre o direito venezuelano à região conhecida como Essequiba. Phillips alertou que mensagens de fontes não oficiais podem espalhar medo e ansiedade desnecessários e pediu que as pessoas consultem as fontes oficiais para se manterem informadas sobre a situação.

A Corte Internacional de Justiça (CIJ) determinou que a Venezuela se abstenha de realizar qualquer ação com o intuito de anexar parte do território da Guiana. Os juízes do principal órgão judicial da Organização das Nações Unidas (ONU) também ordenaram que os dois países evitem qualquer iniciativa que agrave, amplie ou dificulte a resolução da disputa territorial.

O presidente da Guiana, Mohamed Irfaan Ali, que estava em Dubai para participar da 28ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP28), celebrou a decisão da CIJ, dizendo que a Corte emitiu uma importante ordem concedendo as medidas provisórias contra a Venezuela que a Guiana solicitou. Ele enfatizou a importância da justiça ser o árbitro das disputas internacionais, e não a força.

Após a decisão da CIJ, o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, defendeu a realização do referendo, afirmando que as venezuelanas e os venezuelanos se unirão para defender a Essequiba. Ele afirmou que não permitirá que ninguém tire o que pertence à Venezuela, nem trairá seus princípios.

Phillips, primeiro-ministro da Guiana, pediu calma e racionalidade por parte dos guianenses durante esse período de tensão, enfatizando que o governo está trabalhando para garantir a segurança e os interesses de todos os cidadãos guianenses. A disputa territorial entre a Guiana e a Venezuela se arrasta desde 1841 e continua sendo motivo de preocupação para ambos os países.

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