Essa doação se soma a um aporte anterior de 80 milhões de libras, cerca de R$ 500 milhões, anunciado em maio pelo primeiro-ministro Rishi Sunak. Durante a COP23, foi assinado o contrato para a transferência desse primeiro montante, em uma cerimônia que contou com a presença do presidente do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloizio Mercadante, e da ministra do Meio Ambiente, Marina Silva.
O Fundo Amazônia, criado em 2008, é considerado a principal iniciativa internacional para a redução das emissões de gases do efeito estufa e a preservação da floresta. Além do Reino Unido, outros doadores incluem países como Noruega, Alemanha, EUA e Suíça.
Desde sua criação, o Fundo Amazônia recebeu R$ 3,4 bilhões e financiou mais de 102 projetos de preservação da floresta, totalizando um investimento de R$ 1,75 bilhão. No entanto, a gestão dos recursos do fundo foi interrompida durante o governo de Jair Bolsonaro, quando o então ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, extinguiu os comitês responsáveis pela administração dos recursos.
Essa medida gerou a retenção de cerca de R$ 3 bilhões em ações ambientais entre 2019 e 2022, de acordo com dados do BNDES. No entanto, em outubro de 2022, o Supremo Tribunal Federal determinou que o governo federal tomasse as medidas necessárias para reativar o Fundo Amazônia, o que ocorreu em janeiro de 2023, possibilitando os novos aportes de recursos.
Com a retomada das atividades do Fundo Amazônia, as doações internacionais e o financiamento de projetos de preservação da Amazônia podem voltar a avançar, auxiliando na proteção e sustentabilidade dessa importante região.