No entanto, foi constatado que menos de 50% dos alunos brasileiros conseguiram atingir o nível mínimo de aprendizado em matemática e ciências, segundo os dados do Pisa. O país alcançou 379 pontos em matemática, 410 em leitura e 403 em ciências em 2022, números muito semelhantes aos obtidos em 2018.
A avaliação ocorre a cada três anos e conta com a participação de estudantes de 15 anos de idade de 81 países. No Brasil, 10.798 alunos de 599 escolas passaram pela avaliação. Mesmo com os resultados estáveis, o Brasil continua abaixo da média dos países da OCDE nas três disciplinas.
Em comparação com os membros da OCDE, o Brasil está com pelo menos quatro anos de atraso em relação aos estudantes em ciências. Além disso, o país ficou em posições abaixo em relação a notas em matemática, leitura e ciências quando comparado a outros países latino-americanos como Chile, Uruguai, México e Costa Rica.
Os dados indicam que 27% dos estudantes brasileiros atingiram o nível 2 de proficiência em matemática, considerado o patamar mínimo de aprendizado, enquanto apenas 1% alcançou os níveis 5 ou 6, os mais altos de proficiência. Em leitura, metade dos estudantes no Brasil obtiveram o nível 2 ou mais, e cerca de 45% alcançaram o mesmo patamar em ciências.
A pandemia de covid-19 parece ser um fator que impactou os resultados, porém o relatório aponta que não houve uma diferença clara nas notas de 2022 em razão do fechamento de escolas. O relatório destaca que algumas questões de longo prazo nos sistemas educativos também contribuíram para a queda no desempenho.
No entanto, Singapura liderou em matemática, leitura e ciências, o que mostra que os estudantes têm de três a cinco anos de escolaridade a mais em comparação com a média da OCDE. Em apenas quatro locais, houve melhora nas três disciplinas entre as avaliações de 2018 e 2022: Brunei Darussalam, Camboja, República Dominicana e Taipé chinês.
