Essa decisão foi anunciada após uma reunião realizada na sede da instituição, em Brasília, entre o advogado-geral da União, Jorge Messias, e o governador de Alagoas, Paulo Dantas. O encontro ocorreu a pedido do presidente em exercício, Geraldo Alckmin.
Durante a reunião, a AGU informou que já está em apuração os fatos no âmbito da PGU e está sendo feito o levantamento dos contratos firmados anteriormente com a Braskem. Considerando que a situação desde a assinatura dos documentos mudou, a AGU poderá propor aditivos aos textos dos contratos com o objetivo de assegurar os ressarcimentos por danos aos atingidos pela exploração do sal-gema.
A ideia é que o ajuste nos acordos firmados deverá ampliar possíveis indenizações ou reparações de direitos de moradores e comerciantes que tiveram que evacuar a área afetada. Além disso, a atuação da AGU também visa assegurar os interesses da União, visto que o governo federal tem imóveis na região impactada, em especial, terrenos da Marinha do Brasil.
O advogado-geral da União, Jorge Messias, manifestou preocupação com o agravamento da situação socioambiental em Maceió, desde os afundamentos de terrenos na cidade. Ele destacou que a AGU fará o acompanhamento local da situação e tomará todas as medidas cabíveis em defesa dos interesses da União.
Durante a visita ao estado, a equipe da AGU planeja conversar com representantes dos poderes locais, como o prefeito e governador, de instituições públicas competentes, como a procuradoria do município, e demais atores afetados pelo problema geológico que pode resultar na abertura de uma cratera em parte da capital alagoana.