Esse montante foi desviado para o exterior nos anos 1990, quando Maluf era prefeito de São Paulo. Parte desse dinheiro foi utilizado para comprar ações em uma empresa que pertence à sua família. Como resultado, Maluf foi condenado por desvios de recursos e lavagem de dinheiro, sendo sentenciado a dez anos e seis meses de prisão pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em 2017. Com 92 anos de idade, ele está atualmente em liberdade por ter cumprido mais de um terço da pena e por preencher os requisitos legais para ser beneficiado pelo indulto natalino.
A advogada da União, Sara Lopes, afirmou que a autorização para a repatriação dos valores é uma vitória no combate à corrupção. Ela ressaltou a importância do trabalho conjunto dos órgãos competentes de Estado para a atuação em foros estrangeiros no combate a crimes financeiros.
Apesar da autorização para a repatriação, a AGU informou que o processo ainda está em andamento e a quantia continuará bloqueada até o fim da tramitação. A decisão do Tribunal Penal Federal da Suíça representa um avanço significativo na cooperação internacional e no combate à corrupção, mostrando que o Brasil está disposto a buscar a devolução de recursos desviados independentemente das barreiras geográficas.
A AGU ressaltou que a repatriação dos recursos é uma demonstração da seriedade do país na luta contra crimes financeiros e reforçou o compromisso em garantir a devolução de valores desviados, mesmo que isso envolva processos complexos e a cooperação com outros países. O caso de Maluf é um exemplo do esforço contínuo para responsabilizar agentes públicos envolvidos em corrupção e recuperar os recursos desviados para o benefício da sociedade.