As principais razões apontadas para a compra de um livro foram o crescimento pessoal e o lazer. Em relação às atividades de lazer, além da leitura, as redes sociais (50,8%) e os serviços de streaming (44,3%) foram os preferidos. Segundo Sevani Matos, presidente da CBL, as informações sobre os hábitos de consumo, preferências e comportamentos dos brasileiros destacam a importância da realização de ações efetivas de fomento à leitura, ressaltando a necessidade de uma política séria e eficiente de formação de leitores e fortalecimento do livro.
Em relação aos hábitos de compra, 55% dos consumidores de livros preferem fazer suas aquisições online, atraídos pelas ofertas e pela conveniência deste canal, enquanto 40% ainda optam pela compra presencial, valorizando a experiência de ter o livro em mãos antes de adquiri-lo. Para estes, a capa do livro e as recomendações dos vendedores são aspectos importantes na hora de decidir pela compra. Além disso, as datas especiais, como a Black Friday (21%) e a Semana do Consumidor (17%), também foram apontadas como bastante relevantes para os compradores.
Com relação aos formatos, 54% dos consumidores compraram exclusivamente livros físicos nos últimos 12 meses, enquanto 15% adquiriram somente livros digitais, sendo o e-book o formato digital mais popular, com 81% de preferência. Já em relação aos gêneros, a não ficção para adultos é o mais popular, com 57,1%, seguido por científicos, técnicos e profissionais (18,9%), infantil (8,8%) e juvenil (8,1%).
A pesquisa também revelou que para os não compradores, o hábito de leitura é uma atividade importante, mas a maioria aponta preço, ausência de loja e falta de tempo como os maiores fatores para desmotivar ou não efetuar a compra de livros. Além disso, a maioria dos entrevistados considera promoções e descontos na hora de decidir pela compra de livros, com 63% relatando ter adquirido livros com desconto.
A metodologia utilizada para o estudo envolveu 16 mil entrevistas com pessoas maiores de 18 anos, cobrindo todas as regiões e estratos socioeconômicos, garantindo uma ampla representatividade com uma margem de erro de 0,8% e um nível de confiança de 95%. A pesquisa foi elogiada por Mariana Bueno, coordenadora de pesquisa da Nielsen BookData, que acredita que o estudo coloca o mercado brasileiro do livro em patamar semelhante àquele observado em mercados mais maduros, fornecendo uma nova ferramenta para apoiar a tomada de decisão dos agentes da cadeia produtiva do livro.