Por outro lado, Vivian Mendes da Silva, presidente estadual da organização Unidade Popular, e o metroviário Ricardo Senese, do Movimento Luta de Classes, tiveram concedida liberdade provisória com a definição de fiança no valor de um salário mínimo. Além disso, eles estão sujeitos a medidas cautelares como comparecimento mensal ao juízo, justificativa de atividades e atualização de endereço, obrigação de manter endereço atualizado e proibição de se ausentar da comarca em que residem por mais de oito dias sem prévia comunicação.
A votação na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp) resultou na aprovação do Projeto de Lei 1.501/2023, que autoriza o governo estadual a vender o controle da Sabesp, com 62 votos favoráveis e um contrário, de um total de 94 votos. Todos os deputados de oposição se retiraram do plenário e não participaram da votação, que foi marcada por protestos de trabalhadores da companhia e organizações da sociedade civil contrárias à privatização.
A sessão foi suspensa devido a protestos e a galeria do plenário foi esvaziada após confronto entre os manifestantes e a polícia. Segundo a assessoria de comunicação da Alesp, a discussão da proposta foi retomada em seguida. Os manifestantes foram autuados por lesão corporal, dano, associação criminosa, resistência e desobediência, informou a Secretaria de Segurança Pública (SSP). Integrantes do movimento que resiste à privatização protestaram contra a prisão do grupo em frente ao 27º Distrito Policial (DP) e aguardam em frente ao Fórum Criminal da Barra Funda, onde ocorreu a audiência de custódia.
Durante a manhã, a advogada Raquel Brito, que acompanha o caso em assessoria aos manifestantes, classificou a prisão como “injusta” e afirmou que houve ilegalidades na condução das pessoas. A reportagem da Agência Brasil tentou contato novamente com a advogada, mas não conseguiu.