O anúncio foi feito pelo ministro do Clima e Meio Ambiente norueguês, Andreas Bjelland Erikssen, na presença da ministra do Meio Ambiente e Mudanças Climáticas, Marina Silva, e do superintendente de Meio Ambiente do BNDES, Nabil Kadri. Segundo Erikssen, o aporte renova o compromisso da Noruega e demonstra confiança na retomada do enfrentamento ao desmatamento com o governo atual.
O Fundo Amazônia é a maior iniciativa no mundo para a redução de emissão de gases do efeito estufa provenientes de desmatamento e degradação florestal. Coordenado pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA) do Brasil e gerido pelo BNDES, o fundo apoia projetos de monitoramento e combate ao desmatamento, além de promover o desenvolvimento sustentável na região amazônica.
A retomada do Fundo Amazônia em 2023 marca um novo capítulo após quatro anos sem aportes e aprovação de projetos de conservação. O Decreto n.º 11.368, de 1º de janeiro, determinou a recomposição do Comitê Orientador do Fundo Amazônia (Cofa). O governo anterior havia inviabilizado o financiamento de projetos e a continuidade das doações ao extinguir comitês responsáveis pela gestão dos recursos do Fundo Amazônia.
Além da Noruega, outros países e instituições também anunciaram doações durante a COP28. O Reino Unido anunciou um aporte suplementar de aproximadamente R$ 215 milhões de um total de R$ 500 milhões. A União Europeia, a Dinamarca, a Alemanha, a Suíça e os Estados Unidos também colaboraram com valores significativos. A Petrobras também é uma colaboradora do fundo.
Desde a sua criação em 2008, o Fundo Amazônia apoiou 106 projetos, totalizando um investimento de R$ 1,8 bilhão. Estas ações beneficiaram aproximadamente 241 mil pessoas com atividades produtivas sustentáveis, além de 101 terras indígenas na Amazônia e 196 unidades de conservação. O fundo possui cerca de R$ 4 bilhões disponíveis para apoiar novos projetos de desenvolvimento sustentável.
Informações detalhadas sobre os projetos apoiados, doações e auditorias podem ser acessadas no site dedicado ao Fundo Amazônia.
