Ministra dos Povos Indígenas expressa preocupação com a exploração de petróleo e gás na Bacia do Amazonas em leilão da ANP.

A ministra dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara, demonstrou preocupação com a exploração de petróleo e gás na Bacia do Amazonas. Suas declarações ocorreram pouco antes do leilão de 38 blocos exploratórios de 11 bacias sedimentares pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) na última quarta-feira (13). A manifestação da ministra ressaltou o potencial impacto ambiental da exploração petrolífera na bacia amazônica.

De acordo com o Instituto Arayara, uma organização não governamental (ONG) defensora do uso sustentável de recursos naturais, a exploração de petróleo e gás em alguns dos blocos ofertados representa uma ameaça socioambiental. Segundo a organização, alguns desses blocos se sobrepõem a unidades de conservação ou áreas de amortecimento destinadas à proteção das mesmas unidades, não apenas na Amazônia, mas em outras regiões. Além disso, a ANP ofertou blocos que afetam ao menos 23 terras indígenas, conforme a análise do Instituto Arayara.

A ministra Sônia Guajajara ressaltou a resistência dos povos indígenas e sua determinação em continuar lutando para evitar a exploração dentro de seus territórios. Ela também destacou que a realização do leilão coincidiu com o último dia da Conferência das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas (COP28), que ocorreu em Dubai, nos Emirados Árabes. Durante a COP28, foi aprovado um documento que menciona a importância de alcançar a neutralidade carbônica até 2050, por meio da transição da era dos combustíveis fósseis, principal causa das mudanças climáticas.

A ministra enfatizou a urgência da transição energética e lamentou que muitos países precisem realizar essa transição a longo prazo. Ela ressaltou a necessidade de conscientizar a sociedade sobre a urgência da situação e de pressionar os governos para implementar medidas que visem a diminuição da dependência dos combustíveis fósseis. Concluiu-se que uma transição energética é necessária e urgente diante do cenário ambiental atual.

A preocupação da ministra Sônia Guajajara reflete a crescente conscientização sobre os impactos da exploração de petróleo e gás em áreas sensíveis, como a Bacia do Amazonas. As declarações da ministra apontam para a necessidade de se buscar alternativas sustentáveis e de preservação ambiental, em consonância com as discussões realizadas durante a COP28. A atenção para essas questões é fundamental para a busca por equilíbrio entre as necessidades energéticas e a proteção do meio ambiente e das comunidades indígenas.

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