Um dos músicos que se manifestaram foi o cantor, compositor e imortal da Academia Brasileira de Letras (ABL) Gilberto Gil. Ele expressou seu pesar pela partida de Lyra e destacou seu “legado extraordinário”. Além disso, compartilhou um vídeo de sua interpretação da música “Saudade Fez um Samba”, de Lyra e Ronaldo Bôscoli, na última quinta-feira (14) na ABL, no Rio de Janeiro.
O também cantor e compositor Ivan Lins relembrou a importância de Lyra para a música brasileira e para a sua própria carreira. Lins destacou a contribuição de Lyra na história da bossa nova e relembrou o apoio do colega durante um período conturbado da história do Brasil, nos anos 1970, durante a ditadura militar.
A obra de Carlos Lyra também foi marcada por músicas de protesto, como “A Canção do Subdesenvolvido”, que teve forte impacto político e social. Por conta disso, o compositor optou por um exílio voluntário entre 1964 e 1971. Suas composições e postura resistente inspiraram artistas e movimentos sociais, incluindo a União Nacional dos Estudantes (UNE), que reconheceu seu papel na fundação do Centro Popular de Cultura em 1961.
Além de artistas e intelectuais, autoridades políticas também prestaram suas homenagens a Lyra, como o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, que ressaltou a importância do músico na construção da identidade carioca e brasileira. E o baterista João Barone, da banda Paralamas do Sucesso, destacou a elegância e o legado deixado por Lyra.
A morte de Carlos Lyra deixa um vazio na música brasileira, mas seu legado perdurará através de suas composições e da influência que exerceu sobre gerações de artistas e ativistas.