A pesquisa também apontou outras ações e programas que tiveram impacto na economia brasileira, como a abertura da economia para o comércio internacional, o Auxílio Emergencial, a participação do Brasil no BRICS, a Lei de Responsabilidade Fiscal, a descoberta do Pré-Sal, a Reforma Trabalhista, Reforma da Previdência, Reforma Tributária, o Programa de Aceleração do Crescimento-PAC, e o Programa de privatização das telecomunicações, energia e siderurgia.
Segundo o sociólogo e cientista político Antonio Lavareda, presidente do Conselho Científico do Ipespe, “O Plano Real e o Bolsa Família são vistos como as duas principais marcas da economia brasileira na Nova República. O que significa que a estabilidade da moeda juntamente com as políticas sociais são ambas valorizadas como as mais relevantes alavancas do nosso desenvolvimento”.
O levantamento também apontou diferenças entre os perfis dos entrevistados que optaram pelo Bolsa Família ou pelo Plano Real. A menção ao Bolsa Família foi maior entre as mulheres, na faixa etária de 18 a 24 anos, entre os que estudaram até o fundamental e na faixa de renda até dois salários mínimos. Já o Plano Real foi mais apontado entre os homens, na faixa etária de 45 a 59 anos, entre os que têm formação universitária e no segmento de renda acima de cinco salários mínimos.
O Bolsa Família foi criado com o intuito de combater a pobreza e facilitar o acesso das famílias a direitos básicos como saúde, educação e assistência social. Já o Plano Real foi lançado com o objetivo de conter a hiperinflação no país. A relevância desses programas para a economia brasileira nas últimas décadas mostra a importância das políticas sociais e da estabilidade econômica como alavancas do desenvolvimento do país.