Exibição do documentário ‘Amazonas, Maior Rio do Mundo’ marca encerramento de programação no Cineteatro São Luiz

O Cineteatro São Luiz exibirá o documentário “Amazonas, Maior Rio do Mundo”, dirigido por Silvino Santos em 1918, em parceria com o Cine Cine Ceará e a Cinemateca Brasileira. O filme, que estava desaparecido, foi recuperado pela Cinemateca e será exibido na sexta-feira (22) às 19h, encerrando a programação do ano com a Sessão Polytheama Especial, dedicada a homenagear o cinema mudo mundial.

A exibição será acompanhada pelo pianista Neto Ferreira, em uma alusão às antigas sessões de cinema mudo, relembrando inclusive o histórico Cine Polytheama, que funcionava no local onde hoje se encontra o São Luiz. O documentário é um passeio sobre o rio Amazonas, suas regiões, afluentes, confluentes, flora, fauna, habitantes e indústrias extrativas da região. O filme traz algumas das primeiras imagens em movimento do povo indígena Uitoto.

O cineasta Silvino Santos foi um dos principais documentaristas atuantes no Brasil nas primeiras décadas do cinema. Fotógrafo e cinegrafista luso-brasileiro, ele estabeleceu-se em Manaus e produziu filmes históricos sobre a Amazônia, incluindo “No Paiz das Amazonas”, lançado em 1921.

A estreia mundial do filme “Amazonas, Maior Rio do Mundo” ocorreu no Festival de Cinema Mudo de Pordenone, na Itália, em outubro deste ano. A pesquisa do professor Sávio Luis Stoco, da Universidade Federal do Pará, foi determinante para confirmar a identidade do documentário.

Neto Ferreira, pianista que acompanhará a exibição, é músico acompanhante de vários artistas e atua como produtor musical e professor de música. O Cineteatro São Luiz recebeu a faixa de programação do mesmo nome do antigo Cine Polytheama em 2019, como forma de homenagear o antigo cinema que continuou a exibir apenas filmes mudos após o advento do cinema sonoro.

A exibição do documentário é gratuita e ocorrerá no Cineteatro São Luiz, localizado na Rua Major Facundo, 500, Centro de Fortaleza – CE. A classificação indicativa é livre e a sessão terá início às 19h. A exibição é uma oportunidade para apreciar um fragmento significativo da história do cinema brasileiro e da região amazônica.

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