Miguel manteve a liderança do ranking do ano passado, enquanto Helena, que no ano anterior havia perdido o posto para Maria Alice, assumiu a liderança em 2023. Além de Miguel e Helena, os nomes mais dados por brasileiros ao longo deste ano foram Gael, Theo, Arthur, Heitor, Maria Alice, Alice, Davi e Laura, alguns dos nomes que já apareciam no ranking do ano anterior, porém ocupando posições diferentes.
De acordo com a Arpen, a escolha por esses nomes ocorre em um momento em que uma nova lei (14.382, de 2022) permitiu a qualquer pessoa maior de 18 anos alterar seu nome em cartório, independentemente do motivo e sem necessidade de procedimento judicial. Essa nova legislação também permite que os pais, em consenso, alterem o nome do recém-nascido em até 15 dias após o registro do nascimento.
Após um ano da entrada em vigor dessa lei, os cartórios brasileiros registraram 10.314 mudanças de nome. O presidente da Arpen-Brasil, Gustavo Renato Fiscarellio, afirmou que o caso da alteração de nomes e sobrenomes é emblemático, destacando que pessoas que antes não gostavam de seus nomes ou sofriam algum tipo de constrangimento estão se beneficiando claramente desta inovação.
Para realizar a mudança de nome, basta ir diretamente a um Cartório de Registro Civil com os documentos pessoais (RG e CPF). O custo do procedimento varia de acordo com a unidade da federação. A nova legislação impactou significativamente a escolha de nomes pelos pais, oferecendo mais flexibilidade e autonomia na decisão sobre o nome dos recém-nascidos e possibilitando a modificação de nomes por pessoas maiores de idade. O cenário atual reflete a diversidade de preferências e a influência das mudanças legais na sociedade brasileira.