Durante o programa Conversa com o Presidente, Lula demonstrou irritação com uma manchete da OCDE que avaliava a economia brasileira. “Eu vi uma manchete da OCDE, fazendo julgamento da economia brasileira. Eu quero até aproveitar essa gravação aqui para dizer para o pessoal da OCDE que quando chegar no final do ano que vem eu vou convidar vocês para tomar café para provar que vocês erraram com relação à previsão que vocês têm do Brasil”, afirmou o ex-presidente.
As críticas de Lula surgiram após a OCDE divulgou uma estimativa de crescimento econômico para o Brasil de 1,8% em 2024. A entidade justificou sua previsão apontando para os eventos extremos causados pela mudança climática, que estariam prejudicando a infraestrutura brasileira e comprometendo o crescimento do país.
No entanto, a previsão da OCDE foi considerada conservadora em relação a outras entidades. Enquanto a Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Fazenda projeta uma expansão de 2,2% em 2024, o Banco Central estima um crescimento de 1,8%. Por sua vez, o Fundo Monetário Internacional (FMI) prevê que o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil crescerá 1,5% no mesmo período.
Em sua defesa, Lula ressaltou o otimismo em relação ao potencial de crescimento do Brasil e mencionou a circulação de dinheiro e a oferta de crédito por bancos públicos como fatores que irão impulsionar a economia.
“Esse dinheiro está circulando. Esse dinheiro vai chegar no povo, vai produzir alguma coisa, vai gerar um emprego, vai gerar um salário. Então, eu estou muito otimista com 2024. Não peçam para eu ficar pessimista, porque aqui não cabe”, afirmou o ex-presidente.
Diante das divergentes projeções, a declaração de Lula reflete a contínua incerteza e disputa de narrativas em relação ao futuro da economia brasileira, enquanto investidores e autoridades buscam entender e antecipar o rumo que o país irá tomar nos próximos anos.
