Presidente do STF diz que julgamento sobre descriminalização do aborto não será pautado em curto prazo.

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, anunciou nesta quarta-feira (20) que não pretende pautar em curto prazo o julgamento sobre a descriminalização do aborto. De acordo com o ministro, o debate sobre a questão ainda não está maduro o suficiente no país para ser retomado pela Corte.

O julgamento sobre a descriminalização do aborto foi suspenso em setembro deste ano, após a ministra Rosa Weber votar a favor da descriminalização do aborto até a 12ª semana de gravidez.

“Não pretendo pautar em curto prazo. Vou pautar em algum momento, mas não pretendo pautar em curto prazo porque acho que o debate não está amadurecido na sociedade brasileira, e as pessoas ainda não têm a exata consciência do que está sendo discutido”, afirmou Barroso.

O presidente do STF ressaltou que a sociedade pode ter opiniões contrárias ou a favor ao aborto, mas destacou que nenhum país desenvolvido do mundo criminaliza o aborto.

“Ninguém acha que o aborto é uma coisa boa. O Estado deve evitar o aborto. A discussão que se coloca é saber se a mulher que teve o infortúnio de fazer o aborto deve ser presa, que é consequência da criminalização”, afirmou o ministro.

Além disso, Barroso elogiou a promulgação da Reforma Tributária e destacou que a medida terá impacto sobre o Judiciário brasileiro.

“Tenho expectativa de que ela possa diminuir a litigiosidade tributária no Brasil, que traz muita imprevisibilidade para as contas do governo e para as contas das empresas”, afirmou.

A partir de hoje (20), Barroso está responsável pelo plantão de liminares na Corte. O recesso dos ministros começou ontem (19) e vai até 1° de fevereiro de 2024.

Com a declaração do presidente do STF, a discussão sobre a descriminalização do aborto e o impacto da Reforma Tributária permanecem em pauta, gerando debates e reflexões sobre esses temas de grande relevância para a sociedade brasileira.

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