Ministério prevê redução de quase 6% no número de assassinatos em 2022, aponta Flávio Dino

Ministério da Justiça e Segurança Pública aponta queda de quase 6% no número de assassinatos em 2023

O Ministério da Justiça e Segurança Pública divulgou nesta quinta-feira (21) uma estimativa que aponta para uma redução de quase 6% no número de assassinatos, incluindo feminicídios, registrados ao longo deste ano, em comparação com o total de 2022. A informação foi antecipada pelo ministro Flávio Dino durante a apresentação de um balanço preliminar das ações realizadas pelo ministério ao longo do ano.

Flávio Dino ponderou que os resultados apresentados ainda são preliminares e não levam em conta os dados das últimas semanas, mas decidiu antecipar parte dos números durante a cerimônia de entrega de mais de 700 viaturas policiais para estados. O ministro ressaltou que esta foi uma forma de apresentar os resultados antes de deixar o cargo para assumir a posição de ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) no início de janeiro.

Apesar de alertar que os números ainda não são definitivos, o ministro detalhou que em 2021 foram registrados 42.721 crimes violentos letais intencionais, enquanto em 2022 esse número foi de 42.620. Para este ano, a projeção mais pessimista é que o total chegue a, no máximo, 40.173 casos. Segundo Dino, entre janeiro e o início de novembro deste ano foram registrados 36.854 ocorrências dessa natureza em todo o país.

Os crimes violentos letais intencionais englobam os homicídios dolosos, feminicídio, lesão corporal seguida de morte e latrocínio, de acordo com o Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP). A categoria foi idealizada pela Secretaria Nacional de Segurança Pública para agregar os crimes de maior relevância social, uma vez que os crimes que resultam em morte são considerados como o principal medidor da violência.

Flávio Dino destacou que os resultados representam uma possível economia de cerca de 2,5 mil vidas e afirmou estar feliz com os avanços na direção correta. Ele ainda ressaltou a redução do armamentismo irresponsável e afirmou que os dados preliminares indicam que a correlação lógica entre o crescimento do número de armas e a redução de mortes violentas ou homicídios não se comprova.

Segundo o ministério, as 28.304 armas registradas até novembro deste ano representam quase 79% a menos do que as 135.915 registradas em 2022. O ministro afirmou que ainda há trabalho a ser feito, mas os resultados mostram que estão avançando na direção correta, mesmo que ainda haja muito a ser feito para aprimorar a política pública de segurança no país.

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo