Ministro interino da Justiça afirma que uso de câmeras corporais por policiais é um caminho sem volta e apresenta diretrizes nacionais.

O uso de câmeras corporais por policiais é um tema de destaque no cenário nacional, com opiniões divergentes e ações em andamento em todo o país. O ministro interino da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Cappelli, declarou que o uso desses equipamentos é um caminho sem volta e que todos os estados devem adotar essa tecnologia mais cedo ou mais tarde. O governo federal pretende apresentar diretrizes nacionais para o uso das câmeras corporais em fevereiro, em meio a discussões acaloradas sobre o tema.

Cappelli enfatizou que o uso de câmeras corporais protege a atividade policial, o bom policial e contribui para a cadeia de custódia das provas, consolidando evidências. Ele ressaltou que o processo de convencimento para a adoção generalizada desses equipamentos será contínuo e que a adesão de todos os estados é uma questão de tempo. Essa declaração acontece em meio às ações do governo de São Paulo contrárias ao uso das câmeras corporais por policiais.

Em contrapartida, o governador de São Paulo, Tarcisio de Freiras, afirmou que a tecnologia das câmeras corporais não aumenta a segurança dos cidadãos, e o estado sofreu cortes significativos no orçamento previsto para o programa de câmeras corporais da polícia. No entanto, estudos em segurança pública têm demonstrado que o uso desses equipamentos reduz a letalidade nas abordagens feitas pelas forças de segurança. Por exemplo, a Polícia Militar de São Paulo viu uma diminuição de 62,7% na letalidade provocada por policiais em serviço após a adoção das câmeras corporais, de acordo com um levantamento realizado pelo Unicef e pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública.

O governo federal está preparando diretrizes nacionais para o uso das câmeras corporais, que serão publicadas em fevereiro e não serão impostas aos estados, mas servirão como um guia para compartilhar dados e informações por meio de procedimentos padronizados. O objetivo é criar um padrão no tratamento dos dados obtidos pelas câmeras e garantir a proteção dos agentes de segurança contra acusações falsas.

Portanto, a utilização de câmeras corporais por policiais é um assunto em franca discussão e evolução no Brasil, com pontos positivos e negativos, que merecem reflexão e análise aprofundada por parte das autoridades e da sociedade como um todo.

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