Estados Unidos retiram barreira comercial e Brasil deixa de pagar sobretaxa de 103,4% em exportação de tubos de aço.

Após mais de três décadas, os Estados Unidos finalmente retiraram a barreira comercial que impunham à produção siderúrgica brasileira. A decisão encerrou a aplicação do direito antidumping sobre os tubos soldados de aço do Brasil, que estavam sujeitos a uma sobretaxa de 103,4% para entrar no mercado norte-americano.

Em vigor desde 1992, o direito antidumping foi revogado pela Comissão de Comércio Internacional dos Estados Unidos, resultando em uma vitória para o Brasil. O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio e vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, comemorou a notícia, destacando que essa decisão ajudará a impulsionar as exportações brasileiras em 2024. Além disso, ele mencionou a importante conquista que irá expandir ainda mais a exportação de tubos de aço para os Estados Unidos.

A permissão para a aplicação do direito antidumping é garantida pela Organização Mundial do Comércio quando um país alega que um concorrente produz uma mercadoria abaixo do custo, o que cria competição desleal com o produto nacional. No entanto, o país que sofre a sanção precisa provar que as empresas não exportam as mercadorias abaixo do custo para que a sobretaxa seja revogada.

A secretária de Comércio Exterior, Tatiana Prazeres, ressaltou a conquista do Brasil ao ser o único país a ter a sobretaxa retirada após a revisão do governo norte-americano. Ela declarou que essa decisão comprova o empenho do governo brasileiro na defesa das empresas brasileiras no exterior e a capacidade de provar que o direito antidumping não se aplicava ao país.

Com a exclusão do Brasil, os Estados Unidos continuam sobretaxando os tubos soldados de aço não ligados de países como Índia, México, Coreia do Sul, Taiwan e Tailândia. No entanto, para o Brasil, a revogação desse direito representa uma importante vitória e a abertura de novas oportunidades no mercado siderúrgico norte-americano. Agora, aguarda-se para ver como essa mudança irá impactar o comércio entre os dois países e o setor siderúrgico brasileiro.

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