Concurso Público Nacional Unificado terá provas descentralizadas em 220 cidades do país para promover diversidade no serviço público

A ministra da Gestão e Inovação, Esther Dweck, anunciou hoje a descentralização do Concurso Público Nacional Unificado, em uma entrevista coletiva que aconteceu nesta quarta-feira (10). A ministra explicou que a descentralização tem como objetivo alcançar uma maior diversidade dentro do serviço público, permitindo que candidatos que não possuem condições de se deslocar até Brasília para fazerem as provas também tenham a oportunidade de participar do processo seletivo.

Dweck ressaltou a importância de ter um serviço público mais inclusivo e com a cara do Brasil, afirmando que mesmo em Brasília já existe diversidade regional, mas que é possível ampliá-la alcançando candidatos de outras partes do país. Como uma alternativa, a seleção terá provas realizadas simultaneamente em 220 cidades de todo o Brasil, no dia 5 de maio.

O processo seletivo, que está sendo apelidado de “Enem dos Concursos”, terá um total de 6.640 vagas divididas em 21 órgãos federais. As inscrições estão previstas para começar em 19 de janeiro e vão até 6 de fevereiro, com uma taxa no valor de R$ 60 para nível médio e R$ 90 para nível superior. Segundo o Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos, a expectativa é que o concurso atraia entre 2 e 3 milhões de candidatos.

Além disso, o edital do certame está previsto para ser publicado ainda hoje, enquanto a divulgação dos resultados das provas objetivas e preliminares das provas discursivas e redação está programada para o dia 3 de junho de 2024. A previsão final dos resultados ocorrerá em 30 de julho, com a convocação para a posse e os cursos de formação começando no dia 5 de agosto.

Ao todo, 5.948 vagas são destinadas para nível superior, com salários que variam de R$ 3,7 mil a R$ 23 mil, enquanto 692 vagas são direcionadas para nível médio. A banca responsável pelo concurso será a Fundação Cesgranrio, mas as inscrições ocorrerão no Portal Gov.br. Os candidatos terão o direito de concorrer a várias vagas em diferentes órgãos federais, desde que estejam dentro do mesmo bloco temático.

Além disso, o Ministério destacou que 20% das vagas serão reservadas para pessoas negras, 5% para pessoas com deficiência e 30% para indígenas nos cargos para a Funai. As etapas de escolha das vagas foram detalhadas, permitindo aos candidatos concorrer a diversos cargos e especialidades dentro do mesmo bloco temático.

De acordo com a ministra, a abertura do concurso para diferentes regiões do Brasil é um passo para promover inclusão e diversidade dentro do serviço público, contribuindo para a construção de um ambiente mais representativo da população brasileira como um todo. A pluralidade de formações e vivências entre os candidatos poderá trazer novas perspectivas e soluções para os órgãos federais, resultando em benefícios para a administração pública e para a sociedade em geral.

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