O aumento nos preços dos alimentos, em especial batata-inglesa, feijão-carioca, arroz e frutas, contribuiu significativamente para a alta da inflação em dezembro. A alimentação no domicílio subiu 1,34%, enquanto o preço do leite longa vida baixou pelo sétimo mês seguido. O gerente do IPCA, André Almeida, explicou que o aumento da temperatura e o maior volume de chuvas em diversas regiões do país influenciaram a produção dos alimentos, influenciando diretamente os preços.
No grupo de transportes, as passagens aéreas continuaram a subir, representando o maior impacto individual sobre a inflação do país. Por outro lado, todos os combustíveis pesquisados tiveram deflação em dezembro. A gasolina, que é o subitem de maior peso na pesquisa do IPCA, apresentou queda pelo terceiro mês consecutivo, exercendo influência no resultado do índice.
Para fins de comparação, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) registrou uma alta de 0,55% em dezembro, acumulando um aumento de 3,71% no ano, abaixo do registrado no ano anterior que foi de 5,93%. No acumulado de 2023, houve alta de 0,33% nos produtos alimentícios e de 4,83% nos não alimentícios.
Em dezembro do ano passado, os preços dos produtos alimentícios aceleraram, assim como os não alimentícios, registrando variações maiores em relação aos meses anteriores. No entanto, o resultado acumulado do ano do INPC ficou abaixo do IPCA, principalmente por conta do maior peso que o grupo alimentação e bebidas tem dentro da cesta.
Portanto, a inflação fechou 2023 dentro da meta determinada pelo CMN, mas o aumento nos preços dos alimentos e das passagens aéreas continuam a exercer pressão sobre o custo de vida dos brasileiros.