O Hospital de Messejana Dr. Carlos Alberto Studart Gomes (HM), unidade referência da Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa) em transplantes de coração e pulmão, comemora o início do ano com a realização de cinco transplantes de órgãos. Foram quatro transplantes de coração e um de pulmão, um número significativamente positivo em comparação com o mesmo período do ano anterior.
O procedimento de transplante envolveu a vida do vendedor José Wilson Ferreira Ramos, 63 anos, que recebeu um novo pulmão após dois meses na fila de espera. Portador de fibrose pulmonar, uma doença crônica que causa cicatrizes nos pulmões e prejudica a respiração, ele viu sua vida transformada após a doação do órgão.
O Hospital de Messejana é reconhecido por sua expertise em transplantes, tendo realizado 27 transplantes de coração e dois de pulmão em 2023. Além disso, atingiu a marco emblemático de 500 transplantes cardíacos, consagrando-se como o segundo maior hospital transplantador do Brasil, atrás apenas do Instituto do Coração, em São Paulo.
Outro paciente beneficiado pelos transplantes foi Tiago Santos, 22 anos, morador de Luís Correia, no litoral do Piauí, que recebeu um coração e agora vislumbra um novo futuro. A realização desses procedimentos representa um sinal de esperança e renovação para muitos pacientes, impactando positivamente suas vidas.
O coordenador da Unidade de Transplante e Insuficiência Cardíaca (Utic) do HM, João David de Sousa Neto, ressalta que os transplantes realizados em janeiro refletem uma maior consciência da população sobre a importância da doação de órgãos, bem como o comprometimento das equipes de saúde e o fortalecimento da rede de assistência.
Em 2023, o Ceará realizou 1.687 transplantes de órgãos e tecidos, um indicativo do compromisso do estado com a promoção da saúde. O aumento do número de procedimentos transfere otimismo para o cenário dos transplantes no país, após a queda causada pela pandemia.
A doação de órgãos e tecidos é um gesto de amor e solidariedade, capaz de transformar vidas. Para se tornar um doador, é necessário informar à família sobre essa vontade, pois são os familiares que autorizam a doação após a constatação da morte encefálica. A conscientização sobre o tema e a divulgação de informações são essenciais para garantir que mais vidas sejam salvas através da doação de órgãos.
