A coordenação do serviço de Odontologia do HGF, realizada por Roberto Rêgo, explicou que a xerostomia está associada, em grande parte, ao tratamento de outras patologias, como radioterapia na região da cabeça e do pescoço, uso de remédios ansiolíticos, analgésicos, pressão alta e até depressão. Além disso, a Síndrome de Sjögren, uma doença autoimune que ataca as células que produzem saliva e lágrimas, também pode resultar no problema.
Um dos pacientes beneficiados por esse tratamento diferenciado é José Nilberto Oliveira, que passou a usar saliva artificial após tratamento de radioterapia para curar câncer na região da boca. Ele relata que após o tratamento começou a sentir a boca seca e ficou um ano tentando buscar solução para o incômodo, até descobrir a saliva artificial em uma consulta de rotina. Nilberto reconhece a importância desse tratamento, afirmando que antes de usar a saliva artificial, sentia sua boca queimando, tinha dificuldades para engolir, cuspir e a garganta ressecada.
O tratamento oferecido pelo HGF é resultado de uma parceria público-privada, realizada há vinte anos entre a Sesa e a Universidade de Fortaleza (Unifor). Segundo a professora do curso de Farmácia da Unifor, Regina Dourado, a saliva artificial possui características físico-químicas que promovem melhor aceitação pelos usuários, maior estabilidade e conservação.
O acesso ao serviço de Odontologia do HGF acontece por meio de encaminhamento pela Central de Regulação do Estado, e o atendimento no ambulatório ocorre de segunda a sexta-feira, das 7h às 16 horas. Atualmente, 40 pacientes recebem frascos de saliva artificial.
Assim, o Hospital Geral de Fortaleza tem se destacado por oferecer um tratamento diferenciado para pacientes com xerostomia, garantindo melhor qualidade de vida e bem-estar para aqueles que necessitam desse cuidado especializado.